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SES e OIM lançam cartilha para facilitar comunicação com migrantes internacionais nos serviços de saúde

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Imagem mostra o card da cartilha, com o desenho de seis rostos.

A Secretaria da Saúde (SES) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) lançaram nesta quinta-feira (28) a Cartilha para Acolhimento de Migrantes Internacionais em Unidades de Saúde. O documento reúne frases básicas e específicas usadas nos serviços de saúde, traduzidas para os idiomas crioulo haitiano, espanhol, francês e wolof. O objetivo é facilitar a comunicação e o acolhimento de pacientes que não falam português, em especial para os migrantes haitianos, senegaleses e venezuelanos que vivem no território gaúcho.

Entre as frases traduzidas pela cartilha, estão questões básicas do acolhimento em postos de saúde e agrega as mais variadas reclamações que podem levar alguém a buscar assistência, tais como dores de cabeça, dores abdominais, vômitos, síndromes gripais e outros. A versão impressa será distribuída para todas as regiões do Estado.

De acordo com a coordenadora do projeto da SES de inserção e acompanhamento de imigrantes e refugiados nos serviços de Atenção Primária em Saúde, Rarianne Peruhype, “a publicação de materiais educativos dessa natureza constitui passo importante na busca de qualificação do acolhimento, interação entre profissionais e usuários e do acompanhamento dos migrantes internacionais nos serviços de saúde nos contextos multilíngues desafiadores que vivenciamos”.

Uma das responsáveis pela elaboração da cartilha, servidora da ESP e docente da Unisinos, Vania Dezoti Micheletti ressalta que “este trabalho esboça questões cotidianas de acolhimento e atendimento de usuários nos serviços de saúde. A possibilidade de traduzi-la para outros idiomas a torna uma ferramenta importante no processo comunicativo e inclusivo dos usuários migrantes internacionais”. A primeira versão da cartilha foi distribuída no município de Venâncio Aires, com tradução apenas para o francês.

“O Brasil é um país de destaque, pois garante acesso universal ao Sistema Único de Saúde, incluindo assistência para os migrantes. Porém, barreiras linguísticas podem impedir essas pessoas de acessarem de fato seu direito à saúde. A cartilha, realizada por meio de parceiras com o governo estadual, sociedade civil, universidades e os próprios migrantes, é uma iniciativa que vem no sentido de minimizar essa barreira”, ressalta a coordenadora de projetos da OIM, Isadora Steffens.

Conforme os dados do Serviço Único de Saúde (SUS), o número de imigrantes no RS chega a 50.156 pessoas, espalhadas por 464 municípios do Estado. São pessoas vindas de países como Haiti, Uruguai, Argentina, Senegal e Venezuela, com idade, majoritariamente, entre 18 e 39 anos.

Essa cartilha foi desenvolvida pela Escola de Saúde Pública (ESP/RS) em parceria com o Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde (Dapps), da SES, a OIM, a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Universidade de Caxias do Sul (UCS), a Faculdade São Francisco de Assis e o Centro de Atendimento ao Migrante (CAM), mantido pela Associação Educadora São Carlos.

Veja aqui a cartilha.

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