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Seminário aborda a relação entre a exposição a agrotóxicos e suicídio no RS

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A palestrante fala de pé, atrás de um púlpito. Do outro lado do palco, quatro participantes (um homem e três mulheres) do evento assistem sentados atrás de uma mesa. No centro, um telão projeta imagens. A plateia assiste sentada.
Evento foi o primeiro da agenda alusiva ao Setembro Amarelo. - Foto: Divulgação/SES

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) realizou nesta quarta-feira (14) o seminário Exposição Ocupacional e Saúde Mental. A atividade, direcionada a profissionais de saúde, apresentou o cenário que aponta os riscos principalmente a trabalhadores rurais, que são os mais expostos a esses produtos. O seminário – realizado no auditório da Associação Médica do RS (AMRIGS), em Porto Alegre, foi a primeira agenda da Secretaria da Saúde em alusão ao Setembro Amarelo, que trata da conscientização sobre a prevenção ao suicídio.

Conforme explicou a técnica Vanda Garibotti, da área de intoxicação exógena do Cevs, a exposição a agrotóxicos se classifica em direta e indireta. “Trabalhadores rurais e das indústrias fabricantes desses agentes químicos, fornecedores e quem os comercializam são os diretamente expostos. Indiretamente é a exposição a população em geral, através de resíduos dos agrotóxicos que podem vir a estar presente em alimentos, na água ou até no ar”, descreve.

A médica Neice Müller Xavier Faria estuda há anos essa relação da exposição ocupacional a casos de suicídio. “Já foi possível identificar que as regiões onde há maior uso desses produtos os índices de suicídio são maiores e que os agrotóxicos têm efeito sobre a saúde mental e comportamental das pessoas”, comentou a pesquisadora da Universidade Federal de Pelotas. Ela frisa ainda a importância em se qualificar a vigilância sobre o assunto, que poderá agregar mais dados às análises.

 

Setembro amarelo

Além do seminário, outros eventos serão promovidos pelo Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio, que conta com a participação de várias áreas da Secretaria da Saúde (SES), das secretarias estaduais da Educação, Segurança Pública, Administração Penitenciária e Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, assim como entidades não governamentais (como o Centro de Valorização da Vida e a Cruz Vermelha). O Rio Grande do Sul apresenta uma das maiores taxa de suicídio do país, tendo registrado em 2017 mais de 1,3 mil mortes autoprovocadas.

Ainda este mês, dia 27, a temática é a autolesão e o comportamento suicida na infância e adolescência. O encontro acontece no teatro do Prédio 40 da PUCRS e as vagas já estão esgotadas. Em setembro, dia 10, ocorre a quinta edição do Seminário Intersetorial de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio. O evento acontece no Anfiteatro Jorge Escobar Pereira Lima (Prédio 1 da UFCSPA). Enquanto no dia 1º de outubro, no auditório do Ministério Público do RS, será realizado o Seminário Internacional de Prevenção do Suicídio na Segurança Pública.

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