Secretário participa da inauguração do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul
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O secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, participou da inauguração do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer/RS), nesta quarta-feira (06). O evento ocorreu em frente ao Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e contou com a presença de lideranças locais e estaduais, representantes do corpo docente da Universidade, além da participação da ministra da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário.
Simoni destacou que a criação do Instituto do Cérebro soma-se a outras inúmeras iniciativas que visam estimular o desenvolvimento da neurociência não apenas no Estado, mas no País. "O Governo está preocupado com a ciência e com a tecnologia, para que com seus avanços, estas beneficiem a população", afirmou. De acordo com o secretário da Saúde, o InsCer terá reflexos principalmente no RS, mas tomará proporções significativas também dentro e fora do Brasil.
O InsCer atenderá pacientes de diversas origens, com prioridade para os do Sistema Único de Saúde (SUS), e terá uma abordagem interdisciplinar, envolvendo também especialistas em física, farmácia, biociências e ciências humanas. O complexo conta com equipamentos de diagnóstico de última geração, com foco na assistência à pesquisa no tratamento de doenças neurológicas, neuro-oncológicas, neurovasculares e neurodegenerativas - como Epilepsia, Alzheimer e Parkinson, entre outras.
O principal motivo que levou à sua criação foi a percepção da necessidade de aproximar a pesquisa - clínica e básica - da assistência ao paciente, a chamada "Pesquisa Translacional". Esta aproximação é vista como fundamental para o desenvolvimento do conhecimento sobre as doenças neurológicas e comportamentais, e para a concepção de novas terapias. Além disto, o instituto tem o potencial de refinar os padrões assistenciais atualmente prestados aos pacientes neurológicos.
A expectativa é que, com o desenvolvimento gradativo dos projetos, o InsCer funcione 24 horas, durante sete dias da semana e alcance a meta de aproximadamente quatro mil atendimentos até o final de 2012, nas modalidades de pesquisa e assistência. O local também será centro de ensino, principalmente voltado às disciplinas das áreas de engenharia, física nuclear, radiofarmácia, síntese orgânica e imagens médicas.
Também será possível realizar dentro do Instituto a ressonância funcional, que permite observar o funcionamento do cérebro em tempo real com a aplicação de testes motores, visuais e auditivos. Com a ajuda deste equipamento, será possível estudar problemas como déficit de atenção, dislexia e doenças que afetam a memória. O empreendimento é uma proposta inovadora. Não existe na América Latina um Centro - na área neurológica - em que o paciente tenha atendimento, pesquisa, e tecnologia de diagnóstico, reunidos num só local.