Equipadas com o pulverizador de inseticida conhecido como fumacê, quatro caminhonetes do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), da Secretaria da Saúde, estão na região noroeste do Estado para controlar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e de outras arboviroses como zika e chikungunya.  

O trabalho começou nesta terça-feira (05/03) em Frederico Westphalen, que registra dois óbitos por dengue, com a borrifação pelos veículos de uma nuvem de fumaça com baixas doses de inseticida nas ruas e residências para eliminar os mosquitos adultos, evitando que contaminem a população.  

Na terça-feira, os veículos passaram por cinco bairros, pulverizando 28,5 litros de inseticida. Na quarta-feira, foram 12 bairros, com a pulverização de 78 litros. Além de Frederico Westphalen, nas próximas duas semanas os caminhões vão atuar em Tenente Portela, cidade que já teve três óbitos registrados por dengue, o maior número no Estado, e Três Passos.  

A medida é considerada emergencial e complementar às demais técnicas utilizadas de enfrentamento ao mosquito. O trabalho é coordenado por técnicos da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde do Cevs e da 2ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). 

 “Em situações como a que estamos vivendo, de surtos epidêmicos de dengue, a aplicação de inseticidas pode ser uma ferramenta valiosa para reduzir a população de mosquitos adultos e, consequentemente, interromper a transmissão do vírus, contendo a propagação rápida da doença”, explicou Aline Campos, chefe da Divisão. “A rapidez na aplicação é essencial para interromper o ciclo de transmissão e evitar um aumento ainda maior no número de casos”, completa. 

 Ela ressaltou que a aplicação de inseticidas segue protocolos e diretrizes estabelecidos na política pública de saúde, levando em consideração aspectos como segurança ambiental, resistência a inseticidas e monitoramento contínuo da eficácia das intervenções.  

 Situação da dengue no Estado 

 Nesta quinta-feira (07/03), foi registrado o 15º óbito por dengue no Rio Grande do Sul. De acordo com o Painel da Dengue no RS, da Secretaria da Saúde, são 14.225 casos confirmados no Estado. Outros 9.489 casos suspeitos da doença estão em investigação. 

 A Secretaria da Saúde ressalta a importância do engajamento da população no combate aos focos do Aedes aegypti, com a eliminação de possíveis criadouros dos mosquitos em locais com acúmulo de água (como pratos de plantas, pneus a céu aberto e caixas d’água destampadas) evitando a nova proliferação.