Em reunião realizada nesta quinta-feira (19/01) a secretária estadual de saúde, Arita Bergmann, esteve com o presidente da Sociedade Gaúcha de Nefrologia, Dirceu Reis da Silva, e com os médicos Manif Curi Jorge, de Bagé, e Nilo Hoffmann, de Montenegro, para debater questões pertinentes sobre a especialidade. Com 7,5 mil pacientes em diálise no Rio Grande do Sul, a discussão sobre financiamento e capacitação do serviço são essenciais no atual cenário. 

Em levantamento apresentado pelo assessor Tarcísio Steffen, foram demonstrados impasses e fragilidades do serviço de nefrologia no Rio Grande do Sul, em diferentes níveis, como aumento do custo de insumos, reajustes salariais, desabilitação de clínicas que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), problemas de entrega de insumos por fornecedores e desabastecimento de centros de diálise. Pensando na qualidade de vida dos pacientes com doença renal crônica, a sociedade defendeu a necessidade de investimento em diálise peritoneal, opção de tratamento que dá mais autonomia e é comumente utilizada em crianças, pessoas com dificuldade de locomoção, pacientes com cardiopatias ou esgotamento de acesso. 

As dificuldades no serviço de nefrologia, conforme relato dos representantes da entidade, se dão majoritariamente pela defasagem entre os custos operacionais e as despesas com procedimentos e profissionais. De acordo com a secretária, a demanda é importante e será incluída na linha de cuidado do estado, assim como correlacionando com a questão dos transplantes. “Faremos uma proposta consistente do ponto de vista técnico, que seja exequível para a sociedade, buscando agilidade, fluxo e acesso. Serão atualizadas as referências dos centros de atendimento em nefrologia”, argumentou Arita.  

A Sociedade Gaúcha de Nefrologia se comprometeu em elaborar e enviar documento para a secretaria de saúde, que irá pleitear possibilidades de encaminhamento da demanda do serviço também para o Ministério da Saúde.