Com objetivo de contribuir na tomada de decisões dos gestores para a implantação e desenvolvimento de ações de prevenção, promoção e cuidado integral da saúde do homem, a Secretaria da Saúde (SES), por meio da Política Estadual de Saúde do Homem, publica a primeira edição do Guia de Orientação para Implementação da Política de Saúde do Homem.

O guia hierarquiza ações de implementação na política institucional, programas de governo, projetos e ações. “Olhar o homem na sua integralidade, considerando todas as suas particularidades, preocupações e anseios deve ser incluído no rol de ações da atenção primária. Promovendo, desta forma, qualidade de vida e melhora nas condições de saúde. Eles estão presentes em diversas políticas e programas, no entanto, em algum momento do cuidado, se perdem e acessam somente serviços de urgência/emergência ou consultas especializadas”, destacam os autores Talita Donatti e Carlos Antônio da Silva, servidores da SES.

O documento elenca áreas e ações estratégicas para garantir a implementação das políticas do homem, como o pré-natal do pai ou parceiro, o horário estendido nas unidades básicas de saúde e o Novembro Azul, para conscientizar a população masculina sobre o diagnóstico precoce do câncer de próstata, e o planejamento sexual e reprodutivo dos homens. O Guia também chama atenção para a saúde dos caminhoneiros, público formado em 99% por homens, segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), com adoção do cartão de Saúde do Caminhoneiro e adoção de locais próprios para a atenção à saúde nos pontos de paradas e descanso nas rodovias.

O Guia também sugere o monitoramento de algumas doenças e eventos de saúde com mais prevalências na população masculina, auxiliando na tomada de decisões para as ações de promoção de saúde. Além do câncer de próstata, são elencados o suicídio, os acidentes de trânsito, o envelhecimento saudável e as internações por condições sensíveis à Atenção Primária, um indicador usado na avaliação do comportamento das internações hospitalares, a partir das internações por agravos que sofreriam impactos ou que seriam evitadas no caso de uma assistência adequada.

Texto: José Luís Zasso - ACS/SES