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Secretaria da Saúde orienta profissionais e gestores sobre a dengue no RS

Objetivo é intensificar as ações de prevenção e cuidado para que a doença não avance de estágio e situação fique mais grave

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Mosquito preto com manchinhas brancas sobre uma superfície branca com textura granulada
Aedes Aegypti circula em 472 municípios gaúchos - Foto: Raul Santana / Fiocruz

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) orienta profissionais da Atenção Primária dos municípios do Rio Grande do Sul a estarem atentos aos sinais e sintomas de dengue entre a população que tem procurado os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) 

O objetivo é intensificar as ações de prevenção e de cuidado para que a doença não avance de estágio no Plano de Contingência Estadual da Dengue - 2025, atualizado recentemente pela SES. O documento aponta os estágios operacionais que os municípios, regiões e o Estado se encontram com relação à dengue, elencando ações a serem tomadas em cada um desses estágios.  

Até o momento, o RS encontra-se no estágio de normalidade (sinalizada pela cor verde) que é quando o número de casos confirmados está abaixo do limite de alerta   calculado (esse cálculo leva em consideração o número de casos prováveis por semana epidemiológica em uma série histórica de 2015 a 2023.   

Apesar de haver circulação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, em 472 municípios, aesta segunda-feira (24/02), o Painel da Dengue registrou 398 casos confirmados, sendo 293 autóctones e nenhum óbito ocorrido.  No entanto, algumas regiões do Estado, principalmente a Noroeste e a Missioneira já possuem municípios no estágio de mobilização (cor amarela), devido à grande incidência de casos prováveis nos territórios.  

Conforme o plano de contingência, na fase de mobilização devem ser intensificadas as ações de prevenção, investigação, monitoramento e preparação para a resposta, com o objetivo de conter o agravamento da situação. Importante destacar que durante o primeiro atendimento ao paciente suspeito de dengue, o profissional de saúde deve avaliar o cenário epidemiológico da sua localidade em conjunto com o quadro clínico, sendo fundamental o manejo adequado desses casos, já que eles requerem uma classificação de risco diferenciada devido a rapidez com que o quadro pode se agravar. 

A pessoa com sintomas e suspeita da doença ao procurar um serviço de saúde, deve receber imediatamente a orientação para ingerir muita água e evitar uso de medicamentos por conta própria.  

O profissional de saúde deve fornecer as orientações necessárias para cada caso. Algumas informações gerais são:   

- Repousar  

- Ingerir bastante água  

- Observar sinais de alerta e buscar novamente o serviço de saúde sempre que necessário  

- Não utilizar medicação sem orientação da equipe de saúde  
Passar repelente corporal (pois assim evita que o mosquito a pique e infecte outras pessoas)  

- Utilizar roupas que cubram braços, pernas e pés (diminuindo as áreas disponíveis para o mosquito)  

- Utilizar mosquiteiro, principalmente em pessoas acamadas  

Mais informações em atencaoprimaria.rs.gov.br/upload/arquivos/202501/07104218-dengue-2025-novos-gestores.pdf   

A classificação de risco para os casos suspeitos deve seguir o Protocolo do Ministério da Saúde específico para dengue. A Secretaria Estadual da Saúde disponibiliza uma ferramenta online de classificação pelo site dengue.saude.rs.gov.br/manejoclinico.   

 Orientações aos gestores  

A SES recomenda aos gestores (prefeitos e secretários municipais de saúde) que organizem a rede assistencial municipal, com a ampliação dos horários de atendimentos dos serviços. Também é importante que sejam definidos os pontos de atendimento à população, tratamento de pacientes com suspeita de dengue com disponibilização de hidratação endovenosa quando necessário, bem como os fluxos de notificação e ações ambientais.  

A dengue é uma doença sistêmica que causa extravasamento de líquidos, levando o paciente a desidratação. O hemograma é um exame indicado para alguns grupos de pacientes auxiliando na avaliação da gravidade da perda de líquidos, bem como o risco de sangramentos que o paciente possa ter. 
Portanto, é necessária a ampliação da disponibilidade de hemogramas, com liberação de resultado em tempo oportuno, já que a evolução da doença pode ocorrer de forma muito rápida. Além de local para observação e hidratação desses pacientes nas unidades de saúde, enquanto aguardam os resultados laboratoriais. 

Também é fundamental ainda que os gestores realizem a divulgação à população sobre os dados da dengue em seu município com campanhas de orientação; realizar a contratação do número efetivo de agente de endemias, articular com outras secretarias, fazer o efetivo recolhimento de lixo em vias públicas, além de atualizar seu plano de contingência. A SES disponibiliza a ferramenta de apoio a gestão municipal, disponível no site: Dengue - Ferramenta de Apoio aos Municípios, onde o gestor pode verificar diariamente em qual estágio operacional do plano de contingência estadual ele se encontra, e verificar as ações que poderá executar.  

Ainda nessa ferramenta há uma estimativa de insumos (medicações, sais de hidratação, exames), a serem adquiridos pelo município para o período de alta transmissão levando em consideração a proporção de pacientes suspeitos. 

Secretaria da Saúde