A Secretaria Estadual da Saúde (SES), por intermédio do Departamento Administrativo (DA), e a Procergs promoveram hoje (07/10) o seminário técnico sobre Sistema de Prontuário Médico Eletrônico no Rio Grande do Sul, no Centro de Treinamento da Procergs, em Porto Alegre. O objetivo é criar uma rede de saúde através da implantação de sistema de informações gerenciais integradas. No Estado, o sistema terá início por 26 unidades da Estratégia de Saúde da Família na regional de Passo Fundo, pelos 197 Centros de Atenção Integrado à Saúde e por sete hospitais.

A proposta é unir todos os diferentes tipos de dados produzidos em vários formatos e épocas diferentes, elaborados por profissionais em locais distintos. O sistema é estruturado eletronicamente para a manutenção da informação sobre o estado de saúde e o cuidado recebido por um usuário durante toda a sua vida, formando uma linha de cuidado com o paciente.

O diretor do DA, Cláudio Roberto da Silva, salientou o avanço do governo gaúcho com esse novo sistema. "É nosso dever pensarmos à frente. Estamos em outra época e temos que aproveitar tudo que a informática e as novas tecnologias nos dão." De acordo com o diretor, esse novo processo irá agilizar o diagnóstico do paciente e melhorar a qualidade do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). O secretário adjunto da Saúde, Elemar Sand, ressaltou que a população necessita de um serviço de saúde pública cada vez mais qualificado.

Segundo o vice-presidente da Procergs, Cláudio Dutra, a companhia tem mais de mil funcionários e é responsável por administrar a estrutura de dados do Rio Grande do Sul. "Com essa experiência será possível ajudarmos e contribuirmos com o projeto da SES e da InterSystems [empresa criadora do sistema]." Para o diretor da InterSystems, Fernando Vogt, "esse sistema ajuda todos os profissionais que compõem e equipe do Saúde da Família a registrarem os eventos de saúde e fazerem um acompanhamento baseado nos protocolos ditados pelo Ministério da Saúde".

Uma das referências apontadas pela Intersystems em saúde conectada está em Brasília, onde foram integrados 13 hospitais, 60 centros de saúde e centenas de equipes do programa Saúde da Família. O projeto atualmente gerencia cerca de 2 milhões de prontuários eletrônicos totalmente integrados de forma online. Com isso, é possível fazer a gestão de leitos, medicamentos, faturamento e, principalmente, a gestão clínica do paciente.

Texto: Pedro Marques