O contexto de saúde da população trans, os desafios no acesso ao atendimento especializado e os dispositivos na Rede de Saúde Pública do Rio Grande do Sul foram tópicos da palestra realizada nesta quarta-feira (28), no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari, (CAAF), em Porto Alegre.

A palestra foi proferida por Thales Ávila Pedroso, chefe de seção da Divisão de Políticas da Promoção das Equidades, da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) e fez parte da programação do mês que celebra a diversidade e o orgulho LGBTQIA+, promovida pelo Governo do Estado através da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH).

Thales afirmou que a população trans e travesti enfrenta um cenário de muitas dificuldades de acesso a saúde, advindas de processos de estigmas e preconceitos sociais e institucionais.
“Temos um grande desafio para garantir que as portas de entrada dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) consigam promover a redução das iniquidades em saúde que são vivenciadas pela população trans e travesti do RS”.
Segundo ele, “atualmente temos iniciativas muito potentes de serviços ambulatoriais municipais e estaduais, mesmo assim é necessário trabalhar para a ampliação dessa rede bem como na sensibilização desta pauta junto a/os profissionais e gestoras/es da saúde”.

Recursos para os municípios

Para o desenvolvimento de ações para qualificação da atenção às populações específicas, como Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Travestis, a SES/RS destina recursos para os municípios por meio Programa Estadual de Incentivos para Atenção Primária à Saúde (PIAPS). “Acreditamos que essa seja uma forte estratégia sensibilização das/os profissionais de saúde” avalia Thales.
Ele aponta, ainda, que há alguns eixos de atividades que podem ser realizados a partir do recurso do PIAPS para a promoção da equidade em saúde como: participação popular; capacitações; educação permanente em saúde; combate ao preconceito e à discriminação; entre outros.