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Rio Grande do Sul identifica primeiro caso de codetecção de influenza e coronavírus

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A imagem mostra uma mão manipulando amostras dentro de um equipamento.
Exame de biologia molecular identifica o vírus pela carga genética. - Foto: Divulgação/SES

Foi confirmado no Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) o primeiro caso de codetecção simultânea dos vírus Influenza e coronavírus. Trata-se de um homem, 21 anos, residente de Porto Alegre, que apresentou sintomas gripais leves e não precisou de hospitalização. Situações desse tipo atentam para que sejam mantidas as medidas de prevenção à gripe e covid-19: uso de máscara, distanciamento interpessoal e vacinação contra as duas doenças.

Neste caso identificado, a pessoa foi atendida dia 23 de dezembro na Capital, apresentando dor no corpo, cefaleia (dor de cabeça) e febre. Na mesma data já regressou para casa. Ele não possui comorbidades e o resultado confirmatório de RT-PCR saiu no último dia 28. Investigações posteriores apuraram que o homem realizou apenas uma dose da vacina da covid-19 em setembro do ano passado e não completou o esquema de duas doses. Ainda está em apuração a situação vacinal do homem contra a gripe.

O tipo de vírus da gripe detectado no homem foi o Influenza A-H3N2. Esse tipo de vírus é um dos que compõe a vacina anual da gripe, por isso uma das medidas de prevenção indicada pela Secretaria da Saúde (SES) é a imunização. Mesmo após a realização da campanha, que ocorreu entre abril e julho do ano passado, a vacinação segue disponível nos municípios que ainda possuem doses em estoque e aquelas cidades que não tenham mais doses podem solicitar novos lotes ao Estado. Todas pessoas acima dos 6 meses de idade podem fazer a vacina.

Desde o início de dezembro, o Lacen já identificou 116 casos de Influenza A-H3N2, incluindo entre eles dois óbitos (em residentes de Porto Alegre e São Francisco de Paula) e esse caso leve de codetecção com o coronavírus.

Exames para Influenza

O Lacen/RS mantém um monitoramento dos vírus respiratórios em circulação no Estado, adotando protocolos específicos formulados após a pandemia de H1N1 em 2009. Atualmente, esses casos de Influenza acabam entrando como suspeitas de covid-19, já que tratam-se de quadros clínicos semelhantes. Em situações prioritárias, além do exame para o coronavírus, as amostram são analisadas ao mesmo tempo para Influenza A (H1N1 e H3N2), Influenza B e vírus sincicial respiratório (VSR).

São elencados como prioritários para esse painel mais completo os casos que chegam no Lacen de hospitalizações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de síndrome gripal (sem necessidade de internação) em crianças de até dois anos ou por amostragem dos seis prontos atendimentos considerados unidades sentinela no Estado. O caso da codetecção foi um desses que entrou para análise por ser de uma dessas unidades.

Codetecção de vírus respiratórios

Embora em relação à covid-19 o Lacen ainda não tivesse registrado casos de codetecção com Influenza, já houve ocorrência em anos anteriores à pandemia de pacientes que tiveram a identificação do vírus da gripe com algum outro (vírus sincicial respiratório ou adenovírus, por exemplo) assim como mais de uma cepa do vírus Influenza entre os analisados pelo laboratório (A-H1N1, A-H3N2 e B). Também já houve no Lacen casos de codetecção de coronavírus e VSR.

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