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Rio Grande do Sul faz combate à anemia

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A deficiência de ferro no organismo, ou anemia ferropriva, está sendo combatida nas crianças de 18 meses a seis anos e entre as mulheres não grávidas, de 14 a 30 anos, no Rio Grande do Sul Em pesquisa realizada em outubro de 2005, quando foram coletados dados entre 1.390 crianças e 1.215 mulheres de cinco regiões do Estado, foram encontrados índices de 44,2% entre as crianças, e de 36,3% entre as mulheres, com a deficiência. As cidades escolhidas para o levantamento são municípios-sede das Coordenadorias Regionais de Saúde e também são atendidas pela Pastoral da Criança. Para reverter o problema, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) firmou um Termo de Cooperação Técnica com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e a Associação dos Amigos da Hematologia da instituição (Hemoamigos), Pastoral da Criança, SESC, Caixa RS e Simers.

A estratégia de combate à anemia prevê cursos de capacitação com hematologistas parceiros do projeto para os profissionais que atendem na rede pública de saúde. Até o momento, 984 técnicos de 307 municípios já foram capacitados. A segunda das três etapas previstas da pesquisa está em andamento, com a continuidade dos cursos de sensibilização e da apresentação e discussão dos dados obtidos na 1ª etapa do projeto. A última capacitação foi realizada no dia 8 de maio, no Auditório da 13ª CRS, em Santa Cruz do Sul. Após submeter-se ao teste do dedinho, cujo resultado é imediato, as pessoas que apresentam a carência de ferro são encaminhadas para um posto de saúde. Lá, recebem medicação e acompanhamento. Em junho, três mil novos exames serão realizados. Na terceira fase serão realizados mais três mil exames, e será avaliada a eficácia das ações. O objetivo é erradicar o problema com ações específicas, esclarecer os profissionais da saúde e a comunidade quanto aos perigos da falta de ferro no organismo e sobre a importância da alimentação adequada e apresentar, ao final da iniciativa, um projeto de lei garantindo a continuidade das ações propostas. Como material de apoio, um livreto com orientações nutricionais básicas será distribuído.

A deficiência de ferro é um dos 10 fatores de risco ligados a uma menor expectativa de vida nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, segundo a Organização Mundial de Saúde. Outros prejuízos conhecidos são: menor aproveitamento na escola, baixa estatura, diminuição da massa muscular, déficit intelectual e imunológico, com tendência a infecções. Os sintomas são: cansaço, palidez, fraqueza e sonolência, entre outros. A nutricionista da Seção da Política de Alimentação e Nutrição da SES, Elaine Scapinello, explica que a doença é comum mas não é normal, e precisa ser reconhecida e tratada adequadamente, ainda mais por ser de tratamento simples e barato. Mais informações estão à disposição no site www.criancasemanemia.com.br.
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