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Projeto de novo Centro de Referência de Saúde do Trabalhador em Ametista do Sul é apresentado em videoconferência

Nova sede vai possibilitar mais qualidade ao serviço que é referência para 12 municípios

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seis pessoas em uma sala com uma mesa em frente ao um telão de videoconferência
Serviço é referência em saúde dos trabalhadores do garimpo de pedras preciosas na região - Foto: Arthur Vargas ACS/SES

Foi realizada uma videoconferência entre a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, direção do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) e o prefeito de Ametista do Sul, Gilmar da Silva, nesta terça-feira (3/6),  para tratar da construção do prédio do novo Centro de Referência de Saúde do Trabalhador da cidade.

O objetivo da construção de uma nova sede é possibilitar mais qualidade aos serviços prestados a 12 municípios de referência: Alpestre, Ametista do Sul, Caiçara, Cristal do Sul, Frederico Westphalen, Iraí, Palmitinho, Planalto, Rodeio Bonito, Vicente Dutra, Gramado dos Loureiros e Trindade do Sul.

Trata-se de uma unidade especializada no atendimento aos garimpeiros da região. Muitos são portadores de silicose, agravo causado pelo acúmulo de pó de sílica nos pulmões durante a mineração. O público estimado para atendimento é de cerca de 2 mil pessoas. O projeto prevê um prédio de dois pisos, contará com espaço individualizado de atendimento para cada profissional e uma recepção grande e acolhedora.

O Cerest fornecerá retaguarda técnica especializada para a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) na região, que reúne em torno de 2 mil trabalhadores na maior reserva de pedra ametista do mundo. Funcionará com perfil focado nos garimpeiros, embora atenda o conjunto de todos os trabalhadores.

Participaram do encontro, a secretária municipal da Saúde, Maurícia Schimidt, a coordenadora do Cerest, Daniela Fontana Gnoatto, a diretora do Cevs, Tani Ranieri, adjunto Marcelo Vallandro e a chefe da Divisão de Saúde do trabalhador do Cevs, Andréia Gnoatto.

Vacina Pneumo 13

A vacina Pneumo 13, também conhecida como pneumocócica, é aplicada pela equipe de saúde do Cerest junto com a vacina anual contra a gripe, favorecendo a proteção pulmonar dos profissionais do garimpo. A vacina não protege da silicose pulmonar, mas ajuda a proteger os trabalhadores das doenças pulmonares oportunistas, como pneumonia e tuberculose.

Sobre a silicose pulmonar

A silicose é uma doença pulmonar causada por acúmulo de poeira nos pulmões a partir da inalação de partículas de sílica cristalizada, componente principal da areia. Entre os sintomas, estão o comportamento ofegante, decorrente do esforço físico para respirar, e a febre. Também é comum a manifestação de cianose – cor azulada nas mucosas e/ou extremidades (pés e mãos). Em sua forma mais grave, pode levar à morte. A doença ainda não tem cura, e os tratamentos são paliativos e retardantes.

Pessoas com silicose têm mais probabilidade de desenvolver tuberculose e nocardiose, esclerose sistêmica progressiva, doença renal crônica e câncer de pulmão.

Além da vacina pneumocócica, os trabalhadores também devem receber a vacina anual contra a gripe, usar equipamentos adequados de prevenção e manter hábitos de higiene — como lavar as mãos e não consumir alimentos durante as atividades nas minas.

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