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Programa Cuidar + RS da Assistência Farmacêutica faz busca ativa de pacientes durante a pandemia

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Imagem de uma prateleira com remédios.

Pacientes com doenças respiratórias crônicas que recebem medicamentos nas Farmácia do Estado estão no foco da busca ativa do Telecuidado Farmacêutico, uma ação do Programa Cuidar + RS, iniciativa da Coordenação de Assistência Farmacêutica (Cpaf) da Secretaria da Saúde do Estado (SES). O objetivo do programa é garantir a continuidade do tratamento com medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma integral e continuada, durante a pandemia do coronavírus.

Conforme a coordenadora do Programa Cuidar+ RS, Agnes Nogueira Gossenheimer, “foi um desafio construir esse serviço durante a pandemia, mas tendo em vista a necessidade de acompanhar as pessoas que são grupo de risco nesse momento crítico, estruturamos um modelo baseado nas necessidades das pessoas com doenças respiratórias crônicas”. Ela explica que “para a implementação do programa é necessário o envolvimento de todos as partes, como o apoio da assistência farmacêutica das Coordenadorias Regionais de Saúde, das secretarias municipais de saúde e dos farmacêuticos que atuam na rede pública”.

A primeira adesão ao Cuidar + RS foi da 8ª Coordenadoria Regional de Saúde, com sede em Cachoeira do Sul. Até agora, 9 profissionais sendo 7 farmacêuticos dos municípios de Caçapava do Sul, Estrela Velha, Lagoa Bonita do Sul e Passa Sete; e 2 farmacêuticos que fazem parte da 8ª regional, já receberam capacitações para a atuação no programa. Em parceria com a Escola de Saúde Pública (ESP/RS), a proposta é a realização de capacitações em municípios de todas as regiões do Rio Grande do Sul. A capacitação é totalmente à distância e utiliza metodologias ativas de ensino aprendizagem. “Foram realizadas simulações e atendimentos reais, com supervisão”, explica a coordenadora Agnes. Segundo ela, “os farmacêuticos dos municípios continuarão recebendo apoio técnico por meio de mentoria”.

Agnes afirma que um dos grandes problemas da assistência farmacêutica é a falta adesão ao tratamento. “Muitas pessoas têm acesso ao medicamento, mas mesmo assim não o administram por diversas razões. A literatura científica nos mostra que aproximadamente 50% dos usuários administram 80% das doses de medicamentos prescritos e mais da metade deles interrompe o seu tratamento em menos de um ano”, lamenta. A coordenadora diz que “aqueles que seguem o tratamento, nem sempre administram os medicamentos conforme o que foi prescrito”.

A farmacêutica da 8ª CRS, Viviane Durigon, considera que “o Cuidar + é um grande passo para a reorientação da assistência farmacêutica no nosso estado, mudando o olhar da logística do medicamento para a pessoa que está sendo atendida no SUS”. Viviane conta que “estamos no início do projeto na 8ª CRS, mas com os dados iniciais já podemos perceber o quanto o cuidado farmacêutico é necessário e quanto pode impactar de forma positiva na saúde das pessoas e para o sistema de saúde. Por isso é muito importante os gestores estarem sensibilizados para implementação desta prática”. Ela enfatiza que “as coordenadorias têm um papel muito importante neste sentido, além de atuar na articulação e prestar o apoio técnico aos profissionais”.

A Farmacêutica Ivana Dotto, de Lagoa Bonita do Sul, um dos quatro municípios integrados ao programa – diz que "o projeto Cuidar + veio para fazer a diferença na vida das pessoas, traz uma forma de aproximar o paciente mesmo em tempos de distanciamento social! O projeto fortalece a nossa profissão inserindo o farmacêutico com a peça chave no cuidado".

Veja a Portaria SES 792/2020, que institui o programa Cuidar +, publicado dia 24 de dezembro.

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