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População deve redobrar cuidados com a poluição do ar durante o outono

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Temperaturas baixas podem ser sinônimo de problema, especialmente para as regiões urbanizadas. E o outono, que se caracteriza por ser uma transição entre o verão (quente e úmido) e o inverno (frio e seco) e pela redução gradativa das temperaturas ao longo da estação, requer cuidados especiais com a saúde.

Nesta estação do ano é bastante comum ocorrer o fenômeno da inversão térmica, quando uma camada de ar frio se sobrepõe a uma camada de ar quente, como se fosse uma “estufa”, fazendo com que os poluentes emitidos pelos centros industriais e urbanos permaneçam próximos à superfície da Terra. Este fenômeno impede a dispersão dos poluentes gerando ou agravando problemas na saúde humana. São mais comuns nesta época doenças respiratórias e, também, cardiovasculares. Na avaliação da Equipe de Vigilância em Saúde de Populações Expostas aos Poluentes Atmosféricos (VIGIAR), do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, iniciativas mais drásticas de enfrentamento da poluição atmosférica não precisariam ser tomadas se houvesse maior conscientização em relação a uma vida mais saudável.

Amparada em critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, a equipe monitora os sintomas (tosse, dificuldade para respirar) e agravos (asma, infecção respiratória aguda, bronquite), ou seja, como o organismo humano reage à exposição aos poluentes. “Poluição do ar é problema em todos os lugares, principalmente nos grandes centros urbanos, e a principal fonte de emissão de poluentes são os veículos automotores, cuja frota está aumentando continuamente”, avalia Liane Farinon, da equipe do VIGIAR/RS. Segundo ela, poluição atmosférica não tem fronteira, pois o problema gerado em um local pode viajar grandes distâncias. Exemplo disto foi a erupção vulcânica ocorrida em 2011, no Chile, causando precipitação de cinzas até mesmo no Rio Grande do Sul.

De acordo com estudos da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, a qualidade do ar na capital do RS é duas vezes pior do que o aceitável, em função da queima do combustível de carros e veículos pesados principalmente, e também é oriunda do atrito do pneu no asfalto. “Nosso foco é na saúde da população, temos que ficar ligados na forma como a qualidade do ar, ou a falta dela pode afetar as condições de saúde”, diz.

 

Medidas de proteção recomendadas pelos técnicos para prevenir dados à saúde:

- Evitar aglomerações em locais fechados;

- Manter os ambientes arejados;

- Não fumar;

- Evitar o acúmulo de poeira em casa;

- Evitar exposição prolongada em ambientes com ar-condicionado;

- Manter-se hidratado;

- Evitar a exposição ao sol em horários próximos ao meio-dia;

- Usar protetor solar;

- Redobrar os cuidados com bebês e crianças.

 

Texto: Marcia Camarano – SES/RS

 

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