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Para auxiliar Porto Velho, Estado recebe primeiros nove pacientes com Covid de Rondônia

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Paciente, deitado numa maca, está sentado transportado para um avião auxiliado por um profissional de saúde. Dois outros profissionais, uniformizados, assistem a cena. Várias ambulâncias estão estacionadas perto da aeronave.
Pacientes foram transferidos diretamente do avião da FAB para ambulâncias e levados para hospitais na capital e em Canoas - Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini

Os primeiros nove pacientes Covid vindos de Porto Velho, capital de Rondônia, desembarcaram no aeroporto de Porto Alegre na madrugada desta quarta-feira (27/1). O Estado está preparado para receber outras 41 pessoas, a fim de ajudar a desafogar a situação da cidade da região Norte, cujos leitos para tratamento de coronavírus estão lotados.

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) aguarda confirmação, por parte do Ministério da Saúde, sobre a necessidade de transferência dessas 41 pessoas. A expectativa é de que outras 20 pessoas cheguem na quinta-feira (28/1), e há possibilidade de mais pacientes serem transferidos na sexta-feira (29/1).

Os pacientes, cujas idades variam entre 49 e 71 anos, chegaram em um avião das Força Aérea Brasileira (FAB) e, depois de passarem por uma triagem, foram encaminhados a dois hospitais de Porto Alegre. O Hospital Nossa Senhora da Conceição recebeu cinco pacientes, e o Hospital de Clínicas, quatro. Os custos da viagem estão sendo arcados pelo governo federal.

“Aqui no RS temos uma estrutura hospitalar melhor e estamos acostumados a tratar doenças respiratórias, devido ao inverno. Então, estamos preparados para ajudar os Estados do Norte que nos solicitaram”, disse o diretor de Regulação Estadual, Eduardo Elsade, que coordenou a operação de transferência.

Todos os pacientes ocuparão leitos de enfermaria e serão mantidos em isolamento, inclusive de outros pacientes Covid - Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini

Inicialmente, a previsão é de que 15 pacientes embarcariam, nesta terça (26/1), para Porto Alegre. O número de pacientes não se confirmou – a situação de duas pessoas se agravou, e não foi possível que embarcassem. Os outros quatro pacientes desistiram por motivos pessoais.

A SES organizou uma operação de transferência desde o aeroporto, onde os pacientes desembarcaram, até os hospitais, com apoio de equipes das prefeituras de Porto Alegre e de Canoas.

“O governador Eduardo Leite e a secretária (da Saúde) Arita Bergmann prestaram essa solidariedade aos nossos irmãos do Norte. O RS tem esse espírito solidário. Vemos aqui uma equipe motivada, com espírito solidário para receber esses pacientes. Penso que, para vencermos a pandemia, esse é um dos primeiros alicerces que precisamos fortalecer: o espírito de união, de grupo, de motivação para enfrentar essa dificuldade”, afirmou o secretário de Saúde de Porto Alegre, Mauro Sparta.

Para a transferência entre o aeroporto e os hospitais, foram utilizadas ambulâncias básicas e avançadas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além de um micro-ônibus da Brigada Militar.

Todos os pacientes ocuparão leitos de enfermaria e serão mantidos em isolamento, inclusive de outros pacientes Covid que já estejam hospitalizados. Se houver piora do quadro, há possibilidade de que precisem de leitos de UTI. O diretor de Regulação Estadual acrescentou que o RS está preparado para garantir o tratamento adequado aos pacientes.

38b55023b72491acbb6f4104711a35c4Equipes de saúde seguiram todos os protocolos sanitários para o transporte dos nove pacientes - Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini

O presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS) e secretário de saúde de Canoas, Maicon de Barros Lemos, também acompanhou a chegada dos pacientes no aeroporto. "O Cosems é parceiro desta iniciativa do governo do Estado, que estendeu a mão aos nossos irmãos do Norte, que passam por uma situação bastante crítica", afirmou.

A chegada dos rondonienses não impacta o cálculo das bandeiras do modelo de Distanciamento Controlado das duas cidades. O Estado flexibiliza, na base de cálculo, pacientes de fora da região. Além disso, os pacientes ocuparão leitos clínicos, cujo percentual de ocupação está baixo neste momento – menos de 25%.

Texto: Suzy Scarton e Marília Bissigo/Ascom SES
Edição: Marcelo Flach/Secom

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