Organizada pela Ageplan, oficina discute como avaliar e monitorar políticas públicas
Evento da Secretaria da Saúde reúne técnicos e especialistas em Porto Alegre
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Como avaliar e monitorar a políticas públicas no Rio Grande do Sul? A resposta é tema da 1ª Oficina de Elaboração da Política Estadual de Monitoramento e Avaliação em Saúde, aberta nesta quinta-feira (24) em Porto Alegre. Com a participação da secretária adjunta da Saúde, Ana Costa, o evento reúne até sexta-feira (25) técnicos da Secretaria da Saúde de todo o Estado envolvidos no acompanhamento da execução de políticas públicas.
A elaboração da Política Estadual de Monitoramento e Avaliação em Saúde é uma das metas do Plano Estadual de Saúde (PES) 2024-2027. Reunidos
no auditório do Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), os participantes acompanham as discussões sobre monitoramento e avaliação de políticas de saúde.
“O que faz uma política de avaliação da saúde?”, questionou na abertura o diretor da Assessoria de Gestão e Planejamento (Ageplan) da Secretaria da Saúde, organizadora do evento, Pericles Stehmann Nunes. “Políticas de saúde têm um ciclo. Precisamos de um instrumento para entender o nosso trabalho. O objetivo não é alcançar uma meta, é dar conhecimento técnico aos servidores”.
Para Ana Costa, saber avaliar as políticas é importante para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). “Somos uma empresa com 11,5 milhões de clientes, a população do Rio Grande do Sul, e uma grande variedade de produtos. Isso não é para amadores, é para profissionais que estão constantemente evoluindo”, disse a secretária adjunta da Saúde. “Acreditamos em um SUS forte, que faz diferença na vida das pessoas”.
Também presente à abertura, o presidente do conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems), Cacildo Goulart Delabary, destacou o impacto positivo que novas ferramentas de monitoramento terão para os municípios. “Precisamos de metas e ferramentas para monitorar e ter resultados positivos para quem está na ponta do atendimento. É muito importantes para os municípios poderem fazer uma melhor gestão em saúde”.
O pesquisador Michel Sklo, do Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para a África Lusófona e o Brasil, vinculado À FGV EESP Clear, iniciativa global, para fortalecer a avaliação e monitoramento em países em desenvolvimento, defendeu que as políticas públicas devem ser baseadas em evidências. “A avaliação é fundamental para isso”.
A mesma defesa foi feita pela presidente do ICBS, Ilma Simoni Brum da Silva: “Para produzir conhecimento que possa beneficiar a sociedade, precisamos de dados”. Já a presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Inara Ruas, ressaltou a importância do evento. “O SUS mais uma vez é vanguarda”.
À tarde, o evento prosseguiu com a aula inaugural, com o tema “Monitoramento e avaliação e Teoria da Mudança”, e a realização de oficinas. A programação também terá discussões e apresentações na sexta, das 9h às 16h30.