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Número de transplantes se mantém estável durante a pandemia

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A imagem mostra a tela da live. Na parte maior, os seis participantes da China. Na parte menor, as duas participantes da SES.
Webconferência Internacional com Hospital Lei Shenshan de Wuhan reuniu equipes da China e do Brasil - Foto: Divulgação/SES

A Central Estadual de Transplantes do Rio Grande do Sul manteve o seu principal indicador no processo de órgãos transplantados desde o início da pandemia da Covid-19. O Estado registrou 63 transplantes, de março a junho de 2020. Um a menos do que os 64 transplantes realizados no mesmo período em 2019.

Segundo a coordenadora da Central de Transplantes, Sandra Lúcia Coccaro de Souza, a manutenção das taxas se deve às ações de planejamento que foram implementadas. Ela citou o intercâmbio de experiências com outras instituições. Destacou a webconferência com o corpo clínico de médicos chineses do Hospital de Leishenshan da cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, na China, onde ocorreu o foco inicial da epidemia. “Em abril deste ano, participamos de uma reunião virtual com os médicos chineses que estavam vivenciando a pandemia pelo novo coronavírus. Eles relataram informações sobre as manifestações da doença e agudização rápida do quadro, podendo levar à morte”, relatou.

Disse também que a troca de experiências com a equipe do hospital de Wuhan qualificou o trabalho da Central de Transplantes no enfrentamento das dificuldades trazidas pela pandemia da Covid-19, como a disseminação viral do doador para o receptor em lista de espera e a preocupação com a proteção dos trabalhadores da área da saúde.

Ela afirmou ainda, que os pareceres de infectologistas e intensivistas foram determinantes para uma boa preparação das equipes de captação e de transplantes. Na oportunidade também foi abordada a importância de cuidados como o isolamento dos pacientes e das equipes das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e da utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pelos profissionais da saúde. Essa webconferência foi realizada com representantes da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) e do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

Além da webconferência com os médicos chineses do Hospital de Leishenshan de Wuhan, a Central Estadual de Transplantes organizou, desde o início da pandemia de coronavírus, diversas webconferências com temas ligados à área.

Participaram médicos reguladores, representantes de Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), de Comissões Intra Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT), de Câmaras Técnicas de Órgãos e Tecidos, equipes de captação de órgãos e equipes de Hospitais Transplantadores de Múltiplos Órgãos.

Foram realizadas as seguintes webconferências:

- Organização Nacional de Transplantes da Espanha

- Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO)

- Câmaras técnicas de transplantes de Pulmão, de Rim e de Fígado

- Organização de Procura de Órgãos (OPO)/Central Estadual de Transplantes (CET/RS)

- Departamento de Regulação Estadual/RS (DRE)

- Organização de Procura de Órgãos(OPO) e área cirúrgica da Central de Transplantes/RS

- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/CNPq/CET RS) - Projeto de Pesquisa

Por Neusa Jerusalém
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