Novembro Azul – Live aborda prevenção e rastreamento do câncer de próstata
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A Secretaria Estadual da Saúde (SES) promove nesta sexta-feira (10/11), às 14 horas, uma live sobre a promoção da saúde do homem e a divulgação da nota técnica de recomendação pelo não rastreamento populacional do câncer de próstata. A transmissão ocorre pelo canal da Unisc, parceira do evento, no YouTube (youtube.com/@uniscaovivo).
Conforme as orientações nacionais e internacionais mais atualizadas, não há hoje a recomendação para rastreamento (exames de rotina em pessoas sem sintomas) do câncer de próstata, uma vez que as evidências atualmente disponíveis apontam para balanço desfavorável entre os riscos e benefícios para a saúde dos homens.
A atividade online contará com a participação do Instituto Nacional do Câncer (Inca), por meio da chefe da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede (Conprev), Renata Maciel dos Santos, e do Ministério da Saúde, com a assessora técnica da Coordenação em Saúde do Homem, Isabela Costa Soares.
Câncer de próstata e exame de rastreamento
O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina no país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. A idade é o principal fator de risco para o câncer de próstata, sendo mais incidente em homens a partir dos 60 anos, bem como, histórico familiar de câncer de próstata antes dos 60 anos e obesidade para tipos histológicos avançados.
Não há recomendação para rastreamento (exames de rotina) do câncer de próstata, uma vez que as evidências atualmente disponíveis apontam para balanço desfavorável entre os riscos e benefícios para a saúde dos homens. Caso o homem deseje realizar esses exames, deve-se realizar a decisão compartilhada, após o profissional de saúde conversar sobre todos os possíveis riscos do rastreamento.
Diante de qualquer sinal ou sintoma suspeito, os homens devem procurar um serviço de saúde para realizar a investigação diagnóstica e, caso haja alguma alteração suspeita, seguir para a confirmação diagnóstica com exame histopatológico.
O rastreamento se caracteriza pela aplicação sistemática de exames em pessoas assintomáticas, com o intuito de identificar um câncer em estágio inicial. De acordo com Nota Técnica nº 9/2023 da Coordenação de Atenção à Saúde do Homem do Ministério da Saúde, revisões sistemáticas sobre o tema identificaram que essa prática aumenta de forma significava o diagnóstico desse câncer, sem redução significava da mortalidade e com importantes danos à saúde do homem. “Muitos homens, com a doença menos agressiva, tendem a morrer com o câncer ao invés de morrer do câncer, mas nem sempre é possível dizer, no momento do diagnóstico, quais tumores terão comportamentos agressivos e quais terão crescimento lento”, diz o texto.
Por isso, a Nota orienta uma ampla discussão sobre os possíveis riscos e benefícios para a tomada de decisão compartilhada com os homens que solicitarem exames de rastreio.
Leia aqui a Nota Técnica nº 9/2023-COSAH/CGACI/DGCI/SAPS/MS na íntegra.