No primeiro dia, curso da Central de Transplantes discute como reorganizar doações
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Cada doador de órgãos pode salvar até oito vidas. A decisão é da família, que já deve estar consciente de que a pessoa tem vontade de doar seus órgãos. Como lidar com um momento tão delicado foi um dos temas abordados nesta quinta-feira (25) no primeiro dia do curso oferecido pela Central de Transplantes a 56 profissionais de saúde, principalmente de Porto Alegre e da Região Metropolitana.
Hoje, o Rio Grande do Sul tem duas mil pessoas na fila por um transplante. Uma situação agravada pela pandemia, com a queda de 18% nas doações. Além disso, o trabalho dos profissionais na busca por órgãos e tecidos acabou desorganizado por conta da covid. O curso se envolve no esforço de reorganizar as redes de captação, ajudando a diminuir as filas e salvando vidas.
“Esse curso vai na direção de treinar, capacitar e qualificar os corpos hospitalares na busca dos potenciais doadores e no transplante”, explicou o coordenador da Central, Rafael Rosa, durante o evento, realizado no Ritter Hotel, em Porto Alegre.
Voltadas para médicos, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros, as discussões abordaram aspectos da rotina do trabalho com a doação de órgãos. Depois da mobilização, em setembro, para chamar atenção da sociedade, com prédios públicos e privados iluminados com luzes verdes, é uma oportunidade de marcar uma retomada.
“É um evento extremamente importante”, disse Cristiano Franke, da Central de Transplantes do Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre. “Todas as regiões do país com melhores índices de transplantes têm como meio importante as atividades de captação”.