Na Assembleia Legislativa, equipe da SES esclarece dúvidas sobre Gercon e Gerint
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Em audiência na Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (4), a equipe da Secretaria da Saúde respondeu dúvidas e forneceu esclarecimentos aos deputados estaduais sobre o Gercon e o Gerint, sistemas de gerenciamentos das consultas e internações no Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.
Para explicar como funcionam o Gercon e o Gerint, a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada (Dgae), Lisiane Fagundes, explicou que prevalecem os critérios técnicos, a partir dos dados e da gravidade de cada caso.
“Se tivermos dois pacientes com o mesmo problema em uma determinada fila, por exemplo, um com uma suspeita e outro com a confirmação do problema, quem entra primeiro? Entra primeiro a confirmação, além de outros critérios que temos no sistema, como risco de hemorragia, os exames ou perda de função de algum órgão”, explicou.
Lisiane Fagundes esclareceu que a regulação funciona a partir da referência pactuada, que aponta onde os pacientes de determinado município devem ser atendidos, e ressaltou que o Gercon e o Gerint, implantados a partir de 2019, são um avanço no Estado.
“Quem está há mais tempo no sistema, lembra que se agendava consulta por telefone. O Gerint e o Gercon são sistemas muito qualificados, que têm sido referência para fora do Rio Grande do Sul. A grande diferença do Rio Grande do Sul na pandemia foi ter um sistema de regulação hospitalar, que nos permitia enxergar todo o cenário dos leitos de UTI e poder colocar os pacientes onde havia necessidade”.
A servidora Jaqueline Monteiro, do Departamento de Regulação da Secretaria da saúde, destacou que, após a implantação do Gercon, o número de primeiras consultas no Estado passou de 53.025 em janeiro de 2021 para 93.833 em julho deste ano. O sistema, unindo as centrais de regulação locais com o Estado, evitou sobreposições de pedidos do mesmo paciente em diferentes municípios, permitindo uma fila real de pacientes.
Identificação dos vazios assistenciais, a substituição do modelo de cotas, em que os municípios dispunham de um número determinado de consultas, não importava a demanda de pacientes, e a reorganização das filas por especialidade e por região estão entre os avanços oferecidos pela regulação de consultas.
Já Patrícia Viçosa, chefe da Divisão Hospitalar do Departamento de Regulação, explicou que a classificação de risco prevalece sobre o tempo de espera por internação. “Também nas internações, o Gerint trouxe uma melhor avaliação da fila de espera, com acompanhamento em tempo integral, diária e nas 24 horas, das solicitações. O médico regulador e toda equipe conseguem ver todas as evoluções e alterações sobre os pacientes. Se melhorou, se piorou, inclusão de exames e novos dados”.