Foi lançado hoje (19/10), o Boletim da Saúde, em edição comemorativa de seus 40 anos, no auditório da Escola de Saúde Pública (ESP). Estiveram presentes, o secretário de Estado da Saúde, Osmar Terra, a diretora da ESP, Sandra Vial; o editor do Boletim da Saúde, Paulo Antônio Barros Oliveira; entre outras autoridades e antigos colaboradores da publicação.

Osmar Terra destacou que o Boletim da Saúde é hoje um veículo de referência para promover debates sobre assuntos ligados à saúde pública. Neste número, especialmente, a temática refere-se às doenças respiratórias e a Influenza. "Essa revista dará grande contribuição à população e ajudará a apontar caminhos para o tratamento e a prevenção do vírus", afirmou.

Na avaliação de Sandra Vial, é preciso democratizar a saúde. Ela lembra que, por meio do Boletim da Saúde, foi possível financiar cursos de Mestrado e Doutorado para os funcionários da Saúde. A diretora disse ainda que os artigos do Boletim contribuíram para dar visibilidade à parceria da ESP com o Uruguai, cujo um dos produtos será a realização do I Curso Binacional de Especialização em Saúde Pública, que será lançado no próximo dia 22 de outubro. "Uma sociedade mais democrática se faz com conhecimento e informação", acentuou Sandra Vial.

A temática deste número é referente à gripe H1N1 e contém artigos relativos ao assunto: uma revisão sobre a influenza humana e aviária, a descrição do sistema de vigilância da influenza no Estado e a descrição dos vírus influenza que circularam no Estado em 2006 e 2007, estudo que resultou da colaboração de técnicos das unidades de Uruguaiana, Caxias e Porto Alegre, pesquisadores do laboratório de influenza do LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública) e pesquisadores da Fiocruz.

O editor Paulo Oliveira lembra que o Boletim traz também dois artigos históricos: um relato sobre a Pandemia de 1918, em Porto Alegre, e a reimpressão de um artigo que documenta o primeiro isolamento no Brasil (em 15 de agosto, em Uruguaiana) do vírus da pandemia de 1957, por Neves da Silva e colaboradores, no então Instituto de Pesquisas Biológicas do Estado.

Há também uma descrição de hospitalizações (1998-08) e mortes (1980-2007) por doenças respiratórias e cardiovasculares no Estado, que propõe questões sobre o papel da influenza nas tendências observadas. Esta seção contemporânea encerra-se com o plano de enfrentamento da Influenza do Estado.