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Hospital Regional de Santa Maria realiza primeiro implante para tratar a doença de Parkinson

Eletrodo para estimulação cerebral profunda foi colocado em homem de 55 anos

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A equipe médica acompanha o procedimento no centro cirúrgico
A cirurgia durou seis horas e foi realizada com sucesso - Foto: Divulgação/HRSM

Em uma cirurgia que durou seis horas, um paciente de 55 anos com doença de Parkinson teve implantado, na última sexta-feira (20), no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), um eletrodo para estimulação cerebral profunda (DBS). Foi o primeiro implante do gênero na instituição, que pertence ao Estado e é administrada pela Fundação de Cardiologia de Porto Alegre. O procedimento foi realizado através do Sistema Único de Saúde (SUS). 

O DBS – sigla em inglês para Deep Brain Stimulation ou Estimulação Cerebral Profunda – é considerado o procedimento cirúrgico mais eficiente no tratamento do Parkinson, doença degenerativa do sistema nervoso que afeta os movimentos do corpo. Na maioria dos pacientes, alivia sintomas como tremores e rigidez, recuperando funções perdidas.  O eletrodo é indicado somente para pacientes que não melhoram com medicamentos, apresentando sintomas avaliados por uma equipe multidisciplinar . Na maioria dos casos, o procedimento cirúrgico alivia sintomas como tremores e rigidez, recuperando funções perdidas.

Na cirurgia, realizada pelo neurocirurgião Paulo Roberto Franceschini e a equipe médica do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia (Ceanne) do Hospital Regional de Santa Maria, dois eletrodos foram implantados em uma região do cérebro responsável pelo controle de sintomas motores da doença. Na primeira parte, o paciente permaneceu acordado para que pudessem ser realizados testes neurológicos, garantindo o correto posicionamento dos eletrodos.  

Imagem dos exames com os pontos onde foram implantados os eletrodos
Os eletrodos foram colocados em pontos específicos do cérebro para aliviar sintomas do Parkinson - Foto: Divulgação/HRSM

Em seguida, já sob efeito de anestesia geral, foi feita a segunda fase do procedimento, com o implante das extensões e do neuroestimulador, dispositivo conhecido como marca-passo cerebral. Após a recuperação no centro cirúrgico, o paciente foi encaminhado na mesma noite para a unidade neurológica, aguardando a alta sem apresentar sintomas.   

Quando for ativado, em ambulatório, o neuroestimulador passará a aplicar estímulos elétricos. “O implante já diminui bastante os sintomas de forma temporária mesmo antes de os eletrodos estarem ativos”, explicou o diretor administrativo do HRSM, Geison Farias. “É um orgulho para  o Hospital Regional de Santa Maria realizar este procedimento que trará qualidade de vida ao paciente e reestabelecimento de suas atividades de vida cotidiana”.   

O HRSM entrou em operação em 2020, após mais de uma década de espera, e desde então vem qualificando e ampliando seus atendimentos.  Além do implante no dia 20, realiza cirurgias em pacientes com tumor cerebral quase semanalmente desde setembro de 2022, tendo realizado mais de 177 cirurgias com recursos exclusivos do Tesouro do Estado até agosto, quando recebeu habilitação federal. 

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