O Governo do Estado e o Hospital Padre Jeremias, do município de Cachoeirinha, renovaram contrato de R$ 13,5 milhões anuais para prestação de serviços através do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento foi assinado na tarde desta segunda-feira (13), pela titular da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Sandra Fagundes, e pelo presidente da Fundação Universitária de Cardiologia (gestora do hospital), Ivo Nesralla, na sede da instituição.

Do valor total contratualizado, mais de R$ 3,6 milhões anuais são recursos estaduais em forma de incentivo, como complementação do custeio e devido ao hospital oferecer atendimento especializado para gestantes de alto risco, Casa da Gestante e ser porta de entrada de urgências. Por ano, a instituição estará apta a realizar mais de 114 mil diagnósticos em laboratório clínico, mais de 21,6 mil diagnósticos em radiologia, 30 mil pronto atendimentos, 4,8 mil diagnósticos por ultrassonografia, 3 mil consultas médicas especializadas, mais de 2,8 mil pequenas cirurgias e cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa, além de outros procedimentos ambulatoriais e hospitalares.

Conforme o superintendente da Fundação Universitária de Cardiologia, Alberto Beltrame, através do contrato será possível triplicar o número de atendimentos realizados em Cachoeirinha. Atualmente, o Hospital Padre Jeremias conta com 83 leitos divididos nas especialidades de ginecologia, cirurgia geral, clínica geral, obstetrícias clínica e cirúrgica, pediatria clínica, UTI neonatal, entre outras. Do número total de leitos da entidade, 73 deles são destinados aos atendimentos oferecidos pelo SUS à população.

Ampliação de leitos na Região Metropolitana
Além da assinatura do contrato, o Hospital Padre Jeremias foi beneficiado com um convênio firmado entre a Secretaria Estadual da Saúde e o Instituto de Cardiologia, que prevê um aumento de 250 novos leitos na instituição. No total, o convênio viabiliza o repasse de R$ 124 milhões em recursos estaduais para a ampliação de mil novos leitos na Região Metropolitana, incluindo, além de Cachoeirinha, os municípios de Alvorada, Viamão e Porto Alegre.

Durante a assinatura do contrato, Sandra Fagundes reforçou o aumento e a qualificação dos serviços da rede de atenção no Rio Grande do Sul. "A construção de um único hospital regional não atenderia as necessidades da região do vale do Gravataí, mas, sim, a ampliação dos hospitais de Viamão, Alvorada e Cachoeirinha, além da construção do hospital no município de Gravataí”. A secretária citou o convênio firmado entre a SES e o Instituto de Cardiologia para a ampliação de leitos na Região Metropolitana. A primeira parcela do convênio, que representa 20% do valor total, já foi paga.

Os primeiros R$ 24 milhões serão utilizados na elaboração dos projetos executivos e dos editais para licitação da contratação das obras. De acordo com Alberto Beltrame, a expectativa é de que o contrato esteja pronto até dezembro, e o início das obras, a partir do início do próximo ano. Sobre a ampliação do número de leitos na região, o superintendente reforça ser um avanço importante para o sistema de saúde, diminuindo o número de demandas reprimidas no município.

Texto: Priscila da Silva
Edição: Redação Secom