Governo e Fiocruz projetam centro de referência em saúde humana, animal e ecossistema
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Com o objetivo de fortalecer o complexo produtivo de ciência, tecnologia e inovação em saúde, o presidente da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha, entregou ao governador Tarso Genro o projeto da rede de cooperação entre instituições do Estado e a Fiocruz para a implantação do Centro de Referência em Saúde Humana, Animal e Ecossistema. A audiência aconteceu nesta quarta-feira (21), no Palácio Piratini, com a participação do secretário da Saúde, Ciro Simoni, e faz parte do Sistema Regional de Inovação em Saúde do Estado.
"Este programa de trabalho faz um adensamento das nossas políticas públicas de desenvolvimento, e a Fiocruz, pelo prestigio nacional e internacional que tem, passa a ser o nó principal de uma rede de trabalho, que dá um impulso extraordinário no trabalho de Governo que nós estamos fazendo", disse o governador, ressaltando que o Estado vive um momento ascendente, de crescimento econômico privilegiado e políticas fortes de saúde e ciência e tecnologia.
Conforme Gadelha, a Fiocruz pensa o conjunto do País, mas também as diversidades regionais. "Pensamos o papel estratégico que a saúde tem para o desenvolvimento do Brasil. A saúde, hoje, é responsável por cerca de 9% do PIB brasileiro, e é a área que melhor consegue fazer uma composição sinérgica entre as políticas sociais de direito e de modelo e desenvolvimento", destacando que a parceria com o Rio Grande do Sul é uma das experiências que demonstrou resultados mais promissores de aprendizado com as instituições gaúchas.
"Este é um ganho muito significativo, e eu quero assegurar que quando falamos em representações da Fiocruz, nós damos a isso a plenitude desta representação. Nós teremos aqui no Estado uma base sólida para continuar evoluindo para um processo orgânico e maduro, e que tenha a possibilidade de extração máxima entre esta cooperação da Fiocruz e com o Rio Grande do Sul", disse Gadelha. O Estado ofereceu três locais para a instalação do centro: o Hospital de Clínicas, o Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor.
O secretário de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, disse que a rede amplia os laços de ligação dos laboratórios, Universidades e estruturas de pesquisa do Estado, a partir de estudos de ponta realizados pela Fiocruz. "O primeiro passo é a representação. Queremos que o RS seja protagonista na área de pesquisa em saúde pública, e que além de realizar testes, possa fazer ações efetivas dentro não apenas do Estado, como do Brasil", afirmando que este é um passo gigantesco também para a investigação da área médica.
Para o secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, a vinda da Fiocruz significa a equalização de algo que, em parte, o Estado já faz. "Já temos trabalhos realizados com a Fiocruz, a partir da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), e este consórcio que se estabelece entre Universidade Federal, Rio Grande do Sul e a fundação certamente irá enriquecer e proporcionar que se tenha mais trabalhos na área de pesquisa e produção em saúde", disse.
A rede de cooperação deve organizar e manter serviços que sustentem tanto a capacidade científica orientada para a inovação, como a estrutura de cadeias produtivas no setor de saúde avançada e medicamentos. Também deve planejar e executar ações em consonância com as políticas de desenvolvimento setorial, atuar na pesquisa, desenvolvimento e prestação de serviços.
Texto: Daiane Roldão