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Gaúchos treinam profissionais de outros estados para a vigilância da qualidade da água

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O Rio Grande do Sul, por ser um dos estados com mais ações de vigilância da qualidade da água já implantadas e com as capacitações descentralizadas para os municípios, foi escolhido para um projeto piloto de monitoramento deste precioso recurso natural e tornou-o referência para o resto do país. Trata-se do Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA), que permite um melhor acompanhamento das ações e maior agilidade na tomada de decisões. Além disso, técnicos gaúchos da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) - que coordena todo o trabalho - participaram na elaboração do modelo do programa nacional e hoje fazem parte do grupo de instrutores capacitados pelo Ministério da Saúde, percorrendo o país para disseminar as instruções. Os cursos repassam conhecimentos para a realização de inspeções sanitárias e procedimentos de vigilância da qualidade da água para consumo humano. Na última semana, o curso foi destinado aos profissionais de 52 municípios de Rondônia, cujo estado está, neste momento, em processo de implantação do programa.

Com o sistema, são alimentados os dados de teor de cloro residual, turbidez, coliformes e flúor, obtidas pela análise das coletas mensais. As ações são realizadas nos municípios pelos responsáveis pelo Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionado à Qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIAGUA), da SES, cuja responsável no RS é a engenheira química e sanitarista Julce Clara da Silva. As amostras são enviadas para análise ao Laboratório Central do Estado (Lacen) em Porto Alegre ou aos 16 Lacens regionais. Os dados geram relatórios que são utilizados na avaliação do cumprimento de metas, que devem cumpridas para que os municípios não percam recursos específicos para a área e também para exigir medidas corretivas, caso seja encontrada alguma irregularidade. Sua principal função é assegurar à população acesso à água em quantidade suficiente e que a mesma atenda aos padrões de potabilidade estabelecidos pela legislação vigente. Todas as fontes de abastecimento de água são cadastradas e alimentadas no SISAGUA: os Sistemas de Abastecimento de Água, as Soluções alternativas de Abastecimento de Água e Reservatórios de Água Potável. A iniciativa atende a 95,53% da população do Estado.

O SISAGUA já está descentralizado para 310 municípios gaúchos, mas os dados de todos os 496 constam do sistema, sendo alimentados pelas próprias cidades ou por meio das Coordenadorias Regionais de Saúde. Em 2005, foram realizadas 18.992 análises de cloro residual, 24.356 de turbidez e 28.106 de coliformes. Com as inspeções sanitárias, são avaliados os riscos que a população corre de adquirir doenças de veiculação hídrica por consumir determinada água, sendo avaliadas as condições de abastecimento desde o manancial até a chegada da mesma na casa do consumidor.
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