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Estratégias para ampliar efetivação das doações de órgãos serão discutidas em encontro

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O panorama das doações e dos transplantes no Estado, as estratégias na condução da entrevista familiar e a atenção à família doadora serão abordados no II Encontro sobre Doação de Órgãos e Tecidos, promovido pela Central de Transplantes nessa sexta-feira (26). O evento, que será realizado no auditório do Centro Administrativo do Estado (Av. Borges de Medeiros, 1501, Porto Alegre), das 9h30min às 17 horas, integra a programação da Central alusiva ao Dia Nacional de Doação de Órgãos.

 

Confira a programação completa aqui.

O objetivo é definir estratégias que ampliem a efetivação das doações, a partir da discussão sobre os motivos da negativa familiar e as formas de abordagem das famílias que possam enfrentar o problema. Além disso, a qualificação do trabalho das organizações de procura por órgãos (OPOs) e das equipes que atuam dentro dos hospitais também será tema do evento.

 

“Estes eventos buscam envolver todos nós como protagonistas do processo de doação de órgãos e na avaliação de estratégias que ampliem a efetivação das doações”, afirma a coordenadora da Central, Rosana Nothen. Na avaliação da entidade, o envolvimento da população, das famílias e dos profissionais no processo de conscientização sobre a importância da doação é fundamental.

 

Homenagem às famílias

A programação da Central para a semana da doação começa nessa quinta-feira (25), com um culto inter-religioso em homenagem às famílias doadoras e doadores em vida será realizado no dia 25 de setembro, às 18h30min, na Catedral Metropolitana de Porto Alegre (Rua Duque de Caxias, nº. 1047). O evento reúne o grupo de diálogo inter-religioso, as famílias homenageadas, pessoas beneficiadas com a doação de órgãos, usuários que aguardam na fila e profissionais que atuam no processo de transplantes. A atividade é aberta ao público.

 

 

Dados da negativa familiar no Estado

O Ministério da Saúde lançou, na quarta-feira (24), uma campanha para aumentar a adesão das famílias brasileiras à doação de órgãos. No Brasil, 56% das famílias entrevistadas aceitam a doação. A entrevista é realizada após a confirmação de morte encefálica do paciente, que é o critério para considerá-lo um possível doador. No Estado, um levantamento da Central de Transplantes mostra que, entre janeiro e agosto de 2014, das 254 famílias de possíveis doadores que foram entrevistadas, 50,8% aceitaram a doação, enquanto 49,2% recusaram.

 

O mesmo estudo buscou investigar o conjunto de motivos da chamada não efetivação da doação no Estado, ou seja, todas as razões pelas quais 180 dos possíveis doadores não chegaram a se efetivar como doadores de órgãos. A recusa da família se confirmou como o principal motivo, respondendo por 69% das causas de não efetivação. Outras razões incluíram a ocorrência de parada cardiorrespiratória (8%) e a contraindicação médica por problemas nas condições clínicas, como a existência de alguma doença grave (21%).

 

No período de janeiro a agosto, o Estado realizou 975 transplantes, incluindo os de doadores vivos (6 de coração, 10 de pulmão, 80 de fígado, 332 de rim, 450 de córnea e 97 de medula óssea).

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