Estado reúne municípios da Região Metropolitana para propor ações conjuntas de combate ao Aedes aegypti
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Diante da ameaça da tríplice epidemia, causada pelos vírus da dengue, zika e chikungunya, o secretário da Saúde do Estado em exercício, Francisco Paz, esteve reunido com prefeitos e secretários da saúde de municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre para debater e apresentar as diretrizes de um plano estadual de intensificação das ações de prevenção e controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor destas doenças. A reunião, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (23), foi solicitada pelo presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) e prefeito de Gravataí, Marco Alba. Durante o encontro Paz alertou os gestores para a necessidade de ser priorizado o controle e a redução dos índices de infestação no Estado.
Entre as principais ações do plano estadual está o Comitê Estadual Intersetorial de Combate ao Aedes Aegypti, criado em 2 dezembro deste ano. Coordenado pela Secretaria da Saúde, conta com a participação de treze secretarias estaduais, além da Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs). No encontro, Paz destacou a importância de os municípios gaúchos constituírem comitês similares, que assegurem ações articuladas e intersetoriais em todo o Estado. “Como ainda não dispomos de uma vacina para o Zika, chikungunya ou dengue, o poder público tem que unir esforços na ação mais eficaz que temos hoje, que é eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti”, frisou Paz.
O secretário citou ainda como avanço o reforço dos agentes comunitários de saúde, que, por portaria do Ministério da Saúde, se juntam aos agentes de combate às endemias para ampliar e intensificar a orientação à população sobre o combate ao mosquito nas residências. Outra medida inclui capacitações que estão sendo realizadas por técnicos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e das Coordenadorias Regionais de Saúde, dirigidas a integrantes das Forças Armadas, para que os militares também possam reforçar as ações de controle nos municípios gaúchos que apresentem maiores índices de infestação.
Durante a reunião também foi destacada a importância da mobilização social e dos meios de comunicação. “A prevenção e o combate à proliferação do mosquito transmissor destas doenças passa pela conscientização e mobilização de toda a sociedade”, disse Paz. O secretário destacou que o acúmulo de lixo (entulhos em fundo de quintal) está entre os principais fatores que contribuem para a proliferação do mosquito. “Esse é um esforço cotidiano de cada cidadão e também do poder público visando a eliminar o acúmulo de lixo e recipientes que possam juntar água parada e servir como criadouro do mosquito”, concluiu.
A reunião contou com a participação do presidente Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS) e secretário de Saúde de Canoas, Marcelo Bósio. Também participaram do encontro prefeitos, secretários municipais de saúde e técnicos da área de vigilância dos municípios de Canoas, Porto Alegre, Esteio, Alvorada, Arroio dos Ratos, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Nova Santa Rita, Santo Antônio da Patrulha, Sapucaia do Sul e Viamão.
À tarde, outra reunião será realizada para tratar do mesmo tema com os 14 conselhos profissionais da área de Saúde no Estado.
Medidas de prevenção contra o mosquito
Atualmente o Rio Grande do Sul apresenta 172 municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti. No combate a ele, a população pode adotar alguns cuidados simples em suas casas e pátios, com o objetivo de diminuir e evitar potenciais recipientes para o desenvolvimento das larvas do inseto. Deve-se, principalmente, evitar o acúmulo de água parada, que é onde o inseto se reproduz. Entre as principais recomendações, destacam-se:
- Tampar caixas d'água, tonéis e latões,
- Guardar garrafas vazias viradas para baixo,
- Guardar pneus sob abrigos,
- Não acumular água nos pratos de vasos de plantas e enchê-los com areia,
- Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises,
- Manter lixeiras fechadas e
- Manter piscinas tratadas o ano inteiro.