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Estado promove atividades com alusão ao Dia internacional da Mulher e Março Lilás

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Card na cor lilás e a cabeça de uma mulher estilizada. No alto, á esquerda, tem a mensagem "Março Lilás". Abaixo, está escrito "Mês de prevenção e combate ao Câncer de Colo de Útero". À esquerda, está escrito "Prevenir faz toda a diferença". Em cima, os logotipos do Programa Cuidar RS e do Governo do Estado.

Dentro das atividades do Março Lilás - mês de prevenção e combate ao câncer de colo de útero e do Dia internacional da Mulher (8/3), a Secretaria da Saúde (SES/RS), promove o II Seminário- As mulheres em suas diversidades. Será um ciclo de Debates com três encontros semanais, nos dias 10, 17 e 24 de março das 9h às 12h, abertos ao público pelo link https://rsgov.webex.com/meet/equidade.

O encontro do dia 10 de março apresentará o tema: “Direitos humanos e saúde das mulheres”. No dia 17, o tema será “Violência e racismo contra as mulheres”. No dia 24, “Direitos Sexuais e Reprodutivos: Equidade no Acesso ao Planejamento”.

O Seminário é uma iniciativa da Divisão de Políticas de Promoção da Equidade e da Divisão das Políticas dos Ciclos de Vida do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde (DAPPS).

Março Lilás

O Março Lilás é um movimento anual dedicado à conscientização sobre a importância da prevenção e combate ao câncer de colo do útero. Desde março de 2020, a pandemia de covid-19 provocou a queda de 28% dos exames e procedimentos realizados no Brasil, em comparação com os dados de 2019.

No Rio Grande do Sul, houve redução de 27% dos procedimentos ambulatoriais eletivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nos exames preventivos de câncer de colo houve redução de 33% e nas mamografias de rastreamento de 34% no estado, conforme dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS).

De acordo com a coordenadora da Divisão das Políticas dos Ciclos de Vida do Departamento de Atenção Primária e Políticas em Saúde, Gisleine Silva, “é importante que seja retomada a realização de exames preventivos e os cuidados em saúde, pois o diagnóstico e tratamento precoce de lesões precursoras pode fazer toda a diferença na cura do câncer”.

Prevenção e detecção precoce do câncer de colo do útero

Gisleine informa que o método de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil é o exame citopatológico (exame preventivo ou Papanicolau). “Esse exame deve ser oferecido às mulheres ou qualquer pessoa que possua útero na faixa etária de 25 a 64 anos, que já tiveram atividade sexual, bem como os homens transexuais que não realizaram a remoção cirúrgica do colo do útero”, explica a coordenadora.

Segundo ela, as gestantes devem seguir a rotina normal do rastreamento. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a priorização dessa faixa etária como a população-alvo do rastreamento justifica-se por ser a de maior ocorrência das lesões de alto grau.
O exame deve ser realizado a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo de um ano. Mulheres vivendo com vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou imunodeprimidas devem realizar o exame logo após iniciar a vida sexual, com periodicidade anual, após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo semestral.
Gisleine salienta que outra grande aliada no controle da doença é a vacinação contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, que pode prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais.

Dados do Câncer de Colo do Útero
No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais incidente na população feminina, com taxa estimada de 15,38 casos/100 mil, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer.
Conforme dados do Painel de Oncologia e do INCA, no Rio Grande do Sul, a neoplasia maligna de colo do útero é a quarta colocada entre os casos de cânceres, com uma taxa estimada de 7,61 casos/100 mil mulheres e a quinta causa de óbito por câncer. A faixa etária com maior número de casos e de óbitos no estado é entre 40 e 44 anos de idade.

Sinais e sintomas de alerta
A infecção pelo HPV e as lesões precursoras do câncer são assintomáticas, mas, nos casos em que as lesões precursoras não tenham remissão espontânea nem sejam detectadas e tratadas, a progressão poderá levar ao câncer, quando então, surgirão sinais e sintomas (INCA, 2021):
• Sangramento vaginal (espontâneo, após o coito ou esforço físico).
• Corrimento vaginal (às vezes fétido).
• Dor na região pélvica, que pode estar associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados.
• Perda de peso.

Procure sua unidade de saúde para investigação desses sinais e sintomas e mantenha seu exame preventivo em dia. Não esqueça de usar preservativo em todas as relações sexuais. A prevenção e a detecção precoce são as maiores aliadas na luta contra o câncer de colo do útero.

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