ESP inicia novo curso para capacitar gestores municipais de saúde
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A Escola de Saúde Pública (ESP) do Rio Grande do Sul iniciou nesta sexta-feira (10) o II Curso de Capacitação de Gestores Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul, desenvolvido pela Secretaria da Saúde, por meio da Escola de Saúde Pública, em parceria com a Superintendência Estadual do Ministério da Saúde (Sems), o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems), o Conselho Estadual de Saúde do RS (CES), e a Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs)
Direcionado a gestores municipais, agentes públicos, profissionais, estudantes e conselheiros municipais de saúde, o curso é oferecido na modalidade EAD (Educação a Distância) em três módulos, abordando as políticas públicas estaduais em saúde, atenção primária, assistência farmacêutica, instrumentos de gestão e legislação, entre outros temas, em um total de 84 horas. As inscrições podem ser feitas no site da ESP.
Na abertura, a secretária adjunta da Saúde, Ana Costa, destacou o formato do curso. As aulas podem ser acompanhadas pela plataforma Moodle. Ao final de cada módulo, os participantes são avaliados respondendo a um questionário sobre os conhecimentos adquiridos e a bibliografia. Para ter direito ao certificado, é preciso ter pelo menos 75% da carga horária do curso e pelo menos média 7 nas respostas.
“O formato torna o curso muito mais democrático. Muitas vezes os cursos síncronos (simultâneos) nos impedem de participar. Não porque a gente não acha importante, não tenha vontade, mas porque as coisas acontecem nos municípios numa velocidade que não permite parar uma semana para fazer uma formação”, disse. “Podemos encaixar nos nossos tempos e espaços e fazer conforme a disponibilidade sem parar com as nossas atividades primordiais de executar ações municipais”.
“A gente precisa muito aprender e precisa muito compartilhar conhecimento porque os princípios da gestão se aplicam em qualquer organização, mas o serviço público tem características próprias, legislações próprias e a responsabilidade de atender os interesses da população”, ressaltou a diretora da ESP, Teresinha Valduga. Ela informou que os três módulos do curso já alcançaram 2.312 inscritos.
“Então temos que pensar em uma formação para os novos gestores que chegam, alguns com experiência, mas a grande maioria assumindo pela primeira vez uma prefeitura, uma secretaria da Saúde de um município. Com a construção coletiva, temos muito mais chance de acertar e de poder construir”.
Para o diretor da Assessoria de Gestão e Planejamento (Ageplan) da Secretaria da Saúde, Péricles Stehlmann Nunes, o curso fortalece o planejamento regional integrado do SUS. “Esse curso vem para conduzir a um SUS mais forte e mais qualificado através de gestores capacitados para que olhem a grande importância dos nossos instrumentos de gestão.
Débora Verdi, chefe do Serviço de Articulação Interfederativa e Participativa da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde, ressaltou a importância de se oferecer educação permanente e continuada. “Tivemos mais de dois mil inscritos, demonstrando o quanto é realmente importante ter essas ofertas mesmo em períodos de grande desafio, como foi a pandemia, e como o uso de ferramentas tecnológicas pode ampliar o alcance de algumas iniciativas”.
Já Cacildo Goulart, vice-presidente do Cosems, apontou a importância para os gestores municipais. “A gestão municipal é muito dinâmica. De janeiro para cá, mudaram 19 secretários de Saúde no Rio Grande do Sul. Uma qualificação como essa feita pela Escola de Saúde Pública é importante para formar gestores e manter os processos de trabalho”.
Paulo Azeredo, coordenador técnico da área da Saúde da Famurs, foi no mesmo caminho, destacando o impacto positivo da iniciativa. “O município é um ente federado, não é uma sucursal da federação. É onde vivem as pessoas, onde tudo acontece. Que a dona Maria procura o médico e o seu João procura o hospital, procura o medicamento e o atendimento”, disse. “Com mais gestão, planejamento e organização, vamos conseguir atender às necessidades da população”.
“A gestão do SUS não é como outra forma de gestão”, pontuou o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Cláudio Augustin. “Temos uma atividade tripartite, das três esferas de governo, e o controle social, que está dentro dos princípios básicos do SUS. Isso muda totalmente a lógica e a forma de gerir. Não existe o SUS sem ser um processo democrático”.
Para se inscrever é preciso acessar: EAD- ESP/RS