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Equipe de profissionais da saúde é treinada para atuar em Vigilância Genômica no Estado

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A imagem mostra o treinamento de seis funcionários, que manuseiam amostras e equipamentos numa sala.

Um grupo de 15 profissionais da Secretaria da Saúde (SES), que integrará a área de Vigilância Genômica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), está sendo treinado nesta semana (23 a 27/11), para desenvolvimento de projetos na plataforma Min Ion Nanopore que faz sequenciamento genético.

Este equipamento de última geração, foi adquirido recentemente pelo Estado e serve para que as vigilâncias ambiental, epidemiológica e sanitária possam sequenciar o genoma total de vírus e bactérias para estudar o comportamento e circulação dos mesmos em diversas situações como pandemias, surtos, entre outros eventos de saúde.

Será a primeira vez que o Rio Grande do Sul utilizará essa plataforma para fazer pesquisa genômica (sequenciamento genético). O treinamento está sendo ministrado pelas biólogas da USP, Pâmela dos Santos Andrade e Thais de Moura Coletti, ambas fazem parte do Instituto de Medicina Tropical, coordenado pela Doutora Esther Sabino, pioneira no sequenciamento do genoma do coronavírus no início da pandemia, neste ano.

A coordenadora do Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT) do CEVS, Anelise Schaurich avalia que a aquisição e o uso deste equipamento “é um divisor de águas, um avanço muito grande no nível da nossa pesquisa”. Ela complementa que “com o uso dessa tecnologia de ponta, o CEVS pode alcançar um patamar muito elevado em ciência no RS”.

A chefe da Divisão de Vigilância Ambiental do CEVS, virologista Aline Campos informa que “neste momento estamos inciando no RS os estudos pelo novo coronavírus (SARS CoV2, para sabermos quais linhagens temos aqui e para monitorarmos eventuais mutações, além disso também estamos sequenciando a raiva e as arboviroses que são a dengue, a zika e chikungunya)”. Ela diz que “uma das abordagens que está sendo estudada é a reinfecção, e essa resposta só pode ser dada através do sequenciamento”.

Aline explica que estes estudos servem para que seja entendida a dinâmica viral na população. “Por exemplo, é importante descobrir se é um vírus novo, se é uma reintrodução ou se é o mesmo vírus, vamos sequenciar mais de 100 amostras de SARS CoV2 coletadas aqui no RS”, salienta.

O sequenciamento genético é importante para pesquisadores que queiram desenvolver tratamentos e para monitoramento de mutações que podem comprometer a eficiência da vacina, entre outros. Para a saúde pública, as informações auxiliam na tomada de decisões sobre políticas e programas e também auxiliam no direcionamento dos esforços com medidas de contenção e mitigação de riscos.

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