Cuidados com a Dengue
A dengue é causada por vírus (DENV) do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, e possui quatro sorotipos: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4.
A principal forma de transmissão é pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti.
Outras formas menos comuns de transmissão são por meio de transfusão de sangue ou da gestante para o bebê. Não há transmissão por contato direto com um doente.
Abaixo, esquematização do ciclo de transmissão do vírus da dengue.
Leva de 03 a 15 dias para começar a ter sintomas, com média de 6 dias.
A pessoa doente fica com o vírus circulando no corpo, em fase chamada de viremia, e este período começa 01 dia antes do aparecimento da febre e vai até o 5° dia da doença.
Nessa fase, se uma fêmea do mosquito Aedes aegypti picar uma pessoa doente, ela vai ingerir o vírus juntamente com sangue, e vai demorar de 08 a 12 dias para que consiga transmiti-lo. Depois disso, o mosquito fica transmitindo até o fim da vida, que pode chegar a 45 dias.
Febre alta (39°C a 40°C) com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira. Os sinais podem agravar, ocasionando o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar a pessoa ao choque grave e morte.
Todos os indivíduos estão expostos à dengue, mas alguns fatores de risco individuais, como idade, etnicidade e comorbidades podem determinar a gravidade da doença. Também, se a pessoa já teve dengue, ao ter a doença novamente, as chances de gravidade aumentam.
As defesas do organismo (anticorpos) da pessoa reagem ao sorotipo do vírus da dengue com o qual foram infectados e não protegem para os demais, ou seja, a imunidade é permanente somente para um mesmo sorotipo viral.
A pessoa deve procurar um serviço de saúde, ingerir muita água e evitar uso de medicamentos por conta própria.
O serviço médico fornecerá as orientações necessárias para cada caso. Algumas informações gerais são importantes: repousar; passar repelente corporal (pois assim evita que o mosquito se infecte); utilizar roupas que cubram braços, pernas e pés (diminuindo as áreas disponíveis para o mosquito se alimentar); utilizar mosquiteiro, principalmente em pessoas acamadas.
O diagnóstico de casos suspeitos deve levar em consideração as questões clínicas (que são os sintomas) e epidemiológicas, como por exemplo, se o local de moradia ou trabalho é infestado pelo mosquito e/ou se existem outras pessoas com dengue na região.
Os exames laboratoriais são auxiliares na investigação, e não é necessário saber o resultado para iniciar tratamento. Para essas suspeitas, podem ser realizados exames de laboratório inespecíficos (como hemograma com contagem de plaquetas) e específicos, que pesquisam a presença do vírus no corpo ou então anticorpos que reagiram à presença do vírus.
Não existe tratamento específico para dengue, o manejo das pessoas doentes é realizado de forma a reduzir as dores, a febre e auxiliar na reposição de líquidos, de forma a evitar a desidratação. Em muitos casos, é necessário aplicar soro na veia para reidratação.
A dengue pode ocasionar a morte.
A principal forma de evitar a dengue é evitando a picada do mosquito!
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