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Cosud vai usar app contra a dengue e define compras conjuntas de medicamento

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Reunião   Cosud   Arita Bergmann
Arita Bergmann destacou a qualidade do debate e o envolvimento das equipes na reunião - Foto: Ana Imperatore/ SES

Em meio à alta de casos de dengue no país, secretários e equipes técnicas de saúde do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) discutiram nesta sexta-feira (1º) medidas para conter o avanço da doença. 

Uma das estratégias discutidas foi como reduzir a gravidade dos pacientes que chegam à rede de saúde. Os estados passarão a utilizar o app Dengue RJ, criado pelo governo do Rio de Janeiro, para a classificação de risco e manejo clínico pelos profissionais dos pacientes, além de sugerir o uso em âmbito nacional. 

Os participantes enfatizaram a necessidade  de que o governo federal agilize o desenvolvimento, produção e distribuição de imunizantes, com critérios transparentes e pactuados entre os gestores. Também defenderam que o Ministério da Saúde revise os critérios de transferência de recursos, considerando o cenário epidemiológico atual, para os estados do Sul e do Sudeste.

Discussões estratégicas

Coordenada pela secretária da Saúde, Arita Bergmann, a reunião, realizada no campus da Unisinos em Porto Alegre, envolveu a apresentação de propostas e a troca de experiências entre os participantes em quatro temas principais, cada um com um grupo de trabalho próprio e compromissos estratégicos definidos ao final do encontro. 

Uma das estratégias aprovadas foi de que os sete estados do Cosud farão a compra conjunta de medicamentos especializados junto aos laboratórios. A negociação conjunta pretende garantir um desconto expressivo nos valores pagos, com preço único, entregas a cada três meses, e garantia das quantidades necessárias. 

Os gestores definiram como prioridade para a saúde a busca de recursos federais para a recomposição do Teto MAC, o valor repassado pela União para custear ações e serviços de saúde na média e na alta complexidade nos estados e municípios. 

Segundo um estudo da Secretaria da Saúde, apresentado durante o evento, o Rio Grande do Sul teve em 2022 um gasto de R$ 331 milhões além dos recursos repassados pelo Ministério da Saúde para o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). A recomposição é uma reivindicação dos estados, obrigados a cobrir com recursos próprios a diferença, prejudicando a oferta de novos serviços à população.

Também foi assinado pelos secretários um protocolo de intenções para a criação da rede interestadual de saúde digital. Os participantes definiram uma lista de iniciativas digitais hoje existentes nos Estados que os demais poderão adotar, caso haja interesse. No caso do Rio Grande do Sul, foi destacado o programa Farmácia Digital, que  permite que consultar, solicitar e renovar medicamentos especiais e especializados disponibilizados no Sistema Único de Saúde

Para as emergências de saúde pública e saúde única, que incluem a dengue, foi definida a criação de um grupo de trabalho para compartilhar e integrar as ações de resposta rápida às epidemias de arboviroses, especialmente a dengue. 

“Esse grupo técnico foi um sucesso pela qualidade do debate e pelo envolvimento das equipes técnicas e dos secretários”destacou Arita Bergmann. “A sensação é de pertencer a um coletivo que quer fazer a diferença na vida das pessoas”. 

Além da equipe do Rio Grande do Sul, participaram da reunião os secretários estaduais de  Saúde do Espírito Santo, Miguel Duarte; Paraná, Beto Preto; Rio de Janeiro, Claudia Mello; Santa Catarina, Carmen Zanotto; e o presidente do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), Fabio Baccheretti, também secretário de Minas Gerais. 

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