Seguindo a orientação da Secretaria Estadual da Saúde (SES), a vacinação contra a influenza (gripe) nos abrigos do Estado vem sendo intensificada nos últimos dias. A meta é que toda a população acima de seis meses de idade que esteja nos abrigos receba o imunizante até hoje (20/05).

Uma equipe da SES esteve hoje pela manhã acompanhando a imunização realizada no abrigo do Centro Esportivo Pontifícia Universidade Católica (PUC) em Porto Alegre, onde estão abrigadas 250 pessoas. “A circulação e disseminação de vírus respiratórias, como gripe e covid, é mais fácil em locais fechados com grande concentração de pessoas e a vacinação previne de complicações para essas doenças”, explica Eliese Denardi Cesar, chefe da Seção de Imunizações da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à SES.

“As crianças também tiveram atualização de todo o calendário vacinal”, reforça Luana Machado Silveira, supervisora operacional de atenção primária da rede Divina Providência. No Centro Esportivo da PUC atuam dez profissionais de diversas profissões da área da saúde em turno das 9 às 20 horas, além de estudantes e residentes da universidade. No local, foram vacinados 137 adultos e 57 crianças.

“Neste momento de calamidade e tudo que está acontecendo, muitas vezes a gente se esquece da importância da vacinação, mas devemos ter consciência e se vacinar, até para evitar uma outra crise por essas doenças”, aponta a voluntária Kellen Fraga, que também está atuando na PUC. O Rio Grande do Sul tem 76.188 pessoas em abrigos em 108 municípios, segundo dados da Defesa Civil atualizados até 20 de maio.

Campanha

A campanha nacional de vacinação contra a gripe (influenza) foi iniciada no Rio Grande do Sul em março, direcionada aos grupos prioritários. No começo de maio, a campanha foi ampliada para a população em geral com as doses remanescentes, passando a disponibilizar vacinas para todas as pessoas acima de seis meses de idade.

No Rio Grande do Sul, foram vacinados até agora 39% do público prioritário da campanha, composto por gestantes, puérperas, idosos, crianças e povos indígenas vivendo em terras indígenas. Ao todo, já foram aplicadas este ano quase dois milhões de doses no Estado contra a doença.