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Atenção Primária à Saude é tema de debate com especialista norte-americana

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A importância da Atenção Primária à Saúde na Esfera Regional foi o tema da aula magna da especialista norte-americana Bárbara Starfield, ministrada na noite de ontem (5), no salão de Atos da UFRGS. Bárbara é pesquisadora internacionalmente conhecida por seu trabalho na área de atenção primária à saúde, e professora emérita em atuação na Faculdade de Saúde Pública e Faculdade de Medicina da renomada Universidade John Hopkins, em Baltimore (USA). Ela veio ao Brasil a convite da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) e Unesco. O tema da aula será o marco referencial dos projetos de educação que a SES mantém, como a Residência Integrada em Saúde, para acadêmicos, e os cursos de especialização e capacitações dos seus profissionais. Participaram da palestra em torno de 800 profissionais de saúde, acadêmicos e estudantes em geral.
Os conhecimentos produzidos pela especialista na área da atenção primária servirão de base para a implantação de políticas públicas no Estado. Bárbara diz que é preciso oferecer à população novos modelos de assistência e novos conhecimentos, pois nem todos os serviços são benéficos ou justificáveis, e que isso exige planejamento nos níveis regionais. As necessidades de saúde das diferentes comunidades devem ser contempladas, com distribuição igualitária de recursos, e vigilância constante para saber quando há mudanças significativas, colocou Bárbara. A atenção primária à saúde é o primeiro contato, e caracteriza-se por: acesso ao serviço, cuidado focado na pessoa, continuidade do trabalho ao longo do tempo, abrangência de todos os problemas de saúde, exceto os muito incomuns e integração com os serviços especializados.
"A atenção primária é muito importante porque temos prova de que produz melhores resultados, custos menores e igualdade em saúde, diz. Para que ela aconteça, é necessário o compromisso dos governos, a fim de que seja desenvolvido um conjunto de ações básicas, integradas com outros níveis de atenção e outros tipos de ações. Nos países onde é mais forte a atenção primária, é melhor a prática em relação à saúde, é mais alta a expectativa de vida, há um menor número de crianças com baixo peso ao nascer e a mortalidade infantil é mais baixa, entre outros benefícios.
A especialista reconheceu que o Estado tem seu foco direcionado neste sentido, e elogiou iniciativas como o Programa Viva Criança, que esta semana distribuiu R$ 1 milhão aos municípios com redução na mortalidade infantil. O secretário Osmar Terra lembrou, ainda, a existência outros programas da SES também destinando recursos financeiros aos municípios. Citou como exemplo os programas de combate à hanseníase e à tuberculose. Estes, pagam, respectivamente, R$ 500,00 e R$ 100,00 para cada caso diagnosticado e curado, além do Programa de Saúde Família, que dá incentivo para cada equipe criada.

Além do secretário Osmar Terra, estiveram presentes à aula magna os secretários municipal da Saúde, Pedro Gus, a coordenadora do Escritório da Unesco no RS, Alessandra Schneider, e a representante do reitor do UFRGS, professora Valquíria Bassani, entre outras autoridades.
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