O abastecimento de medicamentos do chamado kit intubação nos hospitais gaúchos voltou à pauta da Secretaria da Saúde (SES) em decorrência do aumento da demanda por leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) nas últimas semanas. São sedativos, relaxantes musculares e anestésicos para a realização de intubação de pacientes suspeitos ou confirmados de Covid-19 e de responsabilidade de compra dos próprios hospitais. Em reunião com a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul nesta terça-feira (09/03), a equipe diretiva da SES apresentou o acompanhamento semanal realizado junto à rede hospitalar para auxiliar os gestores dessas instituições a manter os estoques sempre abastecidos e para manter um histórico da evolução dos estoques nos hospitais gaúchos.

De acordo com o levantamento apresentado pelo diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica, Roberto Schneiders, uma pequena porcentagem dos hospitais estão com problemas críticos de abastecimento, enquanto outros possuem estoques para mais de seis meses (dependendo do medicamento). O levantamento é realizado semanalmente pelo Departamento de Gestão da Atenção Especializada (DGAE).

A SES está encaminhando uma reunião dos gestores dos hospitais com os fornecedores desses medicamentos, mas também incentiva e valoriza o remanejo de medicamentos entre os hospitais. “Desde o início da pandemia, estamos trabalhando para manter os hospitais abastecidos, uma vez que este problema de escassez de medicamentos para intubação e a alta demanda acontece não apenas no Estado, mas no cenário nacional”, falou Roberto. “A partir dos dados disponibilizados pelos próprios hospitais, vemos que há uma grande variação do tempo de cobertura dos estoques desses medicamentos entre os hospitais no Estado”, acrescentou a chefe da Atenção Especializada da SES, Lieli Ceolin.

"Preencher, semanalmente, o link disponibilizado aos hospitais é importantíssimo para que tenhamos sempre o cenário mais fidedigno possível dos estoques e consumo dos hospitais", reforçou a diretora do DGAE, Lisiane Fagundes.

Para solucionar um possível desabastecimento, e SES ainda trabalha em um diagnóstico detalhado dos motivos da falta do medicamento, contatando hospitais e os principais produtores de medicamentos no país, assim como a aquisição excepcional dos medicamentos pelo Estado e solicitação de doação de insumos disponíveis junto ao Ministério da Saúde.

Entre julho e agosto de 2020, a SES realizou a compra e distribuição excepcional de anestésicos para a rede hospitalar, em um período de dificuldade de aquisição destes medicamentos e para garantir o melhor atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).