SES e Cosems definem estratégias de vacinação infantil fora dos postos de saúde
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Os municípios poderão criar estratégias de vacinação infantil contra a covid-19 “extramuros”, ou seja, fora dos postos de saúde, levando as doses para locais mais periféricos ou de mais difícil acesso da população, desde que mantida a segurança sanitária dos insumos. A decisão foi tomada durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), na tarde desta segunda-feira (31/01), entre Secretaria da Saúde (SES) e representação dos municípios gaúchos pelo Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS).
“Precisamos alcançar mais crianças e facilitar o acesso à vacinação para aquelas famílias que, muitas vezes, não conseguem nem ao menos pegar um ônibus para ir até os postos de saúde, ou mesmo àquelas que moram em zonas mais isoladas nas cidades do interior”, defendeu a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
O presidente do Cosems/RS, Maicon Lemos, acrescentou que a adesão à vacinação das crianças está aquém do esperado, e é fundamental estimular os municípios a criarem as melhores estratégias, tendo em vista a realidade em cada local. “Vamos usar a criatividade para fazer com que as famílias levem seus filhos aos locais escolhidos pela gestão municipal para aplicação das vacinas, como sessões de cinema, atividades lúdicas, uso de balões, apoio das equipes do programa Primeira Infância Melhor (PIM), por exemplo”, citou a secretária adjunta, Ana Costa.
As ações extramuros poderão ser realizadas levando em consideração pontos como a qualidade dos insumos, a segurança das crianças vacinadas e condições adequadas de armazenamento das vacinas. Além disso, as crianças devem permanecer no local da vacinação por cerca de 20 minutos, para garantir um rápido atendimento médico caso haja algum efeito adverso. “É um procedimento padrão de segurança”, garantiu a chefe da vigilância epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri.
Distribuição de vacinas
Também foi pactuado entre SES e Cosems/RS que serão distribuídas, nos próximas dias, as 85,7 mil doses da vacina Pfizer pediátrica que chegaram ao Estado na última quarta-feira (26/01), e cerca de 77 mil doses de Coronavac que estavam em estoque na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi).
As doses da Pfizer pediátrica podem ser aplicadas em crianças de cinco a 11 anos, e da Coronavac serão destinadas a crianças de seis a 11 anos, com exceção para as imunossuprimidas. Todas as doses de Coronavac que estão em estoque nos municípios poderão ser usadas integralmente para a primeira dose (D1), de acordo com nota técnica do Ministério da Saúde, tendo garantia de recebimento da D2 em tempo oportuno.