Secretaria da Saúde lança Política de Saúde da Pessoa Idosa com foco no envelhecimento saudável
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Será lançada, pela Secretaria da Saúde (SES/RS), a Política Estadual de Saúde da Pessoa Idosa (PESPI), em evento online, no dia 21/9, às 9h30. O lançamento contará com uma palestra do professor doutor da Universidade Federal de Minas Gerais, médico geriatra Edgar Nunes de Moraes, que também é consultor do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A transmissão será realizada pelo canal do youtube da SES/RS
A nova diretriz estadual foi publicada no Diário Oficial do Estado, por meio da Portaria 444/2021, depois de 17 anos do lançamento da anterior. A edição atualizada dialoga com as proposições atuais da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, do Ministério da Saúde.
O conteúdo foi elaborado pela equipe técnica da Política de Saúde da Pessoa Idosa do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde (DAPPS-SES/RS), com apoio de diversos setores e departamentos da secretaria. O documento tem foco em ações que buscam a manutenção da capacidade funcional (autonomia e independência) de pessoas a partir dos 60 anos. A proposta é promover, através dos cuidados com a saúde, um envelhecimento ativo e saudável da população, priorizando os idosos frágeis.
Joana Veras, psicóloga e técnica da Política de Saúde da Pessoa Idosa da SES/RS, afirma que a atual publicação atualiza as diretrizes da SES/RS para a atenção à saúde da população idosa. “Além disso, esta publicação como portaria, torna-se um documento legislador. Isso mostra a comprometimento da gestão atual para a importância de investimento nas ações de saúde voltadas ao envelhecimento saudável”, afirma a psicóloga.
Joana destaca a importância de o documento dialogar com as proposições atuais da OMS, já contidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, de 2006. Ela aponta que “um conceito fundamental que deve ser entendido pelos profissionais de saúde e pela população é o de que o foco das ações seja a manutenção da independência e autonomia das pessoas idosas, o que a gente chama de capacidade funcional”. Segundo ela, esse paradigma ultrapassa a perspectiva baseada em indicadores de morbidade, como por exemplo, o acúmulo de doenças crônicas. “Uma pessoa pode ter uma série de condições crônicas controladas e viver de forma independente e autônoma e vice-versa” explica. Outra questão é o reconhecimento da diversidade das demandas na população idosa. “É importante ultrapassar a ideia de que há um idoso típico, precisamos ofertar um cuidado de saúde singularizado e em consonância com as necessidades sociais de cada um”, conclui a psicóloga.
Em 2020, a população de idosos residentes no RS era estimada em 2.143.707 (18,77% da população), sendo cerca de 15% desses, maiores de 80 anos (DATASUS, MS). No Brasil, as projeções demográficas do IBGE para 2030 apontam que o número de idosos terá superado o das crianças e adolescentes.
Leia aqui a Política Estadual de Saúde da Pessoa Idosa