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Programas de primeira infância poderão ter expansão em terras indígenas em 2020

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Pessoas (três mulheres e três homens) sentadas em volta de uma mesa em U. A Secretária Arita fala.
Gestores estaduais e municipais procuram expandir o Primeira Infância Melhor. - Foto: Marília Bissigo/Divulgação SES

Expandir e fortalecer as políticas públicas focadas nos primeiros anos de vida dos cidadãos foi pauta de reunião na Secretaria da Saúde (SES), nesta terça-feira (17). O cacique Adilson Policena, de São Valério do Sul, e gestores municipais de Torres demostraram interesse em implantar o programa estadual Primeira Infância Melhor (PIM) e o programa federal Criança Feliz em seus territórios. As duas políticas são aplicadas de forma integrada no Rio Grande do Sul.

“Queremos fazer parte dos programas do governo, levá-los a nossa aldeia”, disse o cacique. “Os povos indígenas apresentam uma vulnerabilidade social muito alta, por isso temos buscado nos inserir nas políticas públicas”, acrescentou. Adilson falou que sua comunidade, formada por índios kaigang, tem 350 famílias, cerca de mil pessoas, e metade delas são crianças e adolescentes.

O secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Catarina Paladini, disse que ao tratar-se de políticas voltadas às crianças, é necessária a transversalidade de conhecimentos e colocou a importância de se preservar a cultura indígena. A secretária da Saúde, Arita Bergmann, ressaltou que “trabalharemos para expandir, no ano que vem, o PIM nas áreas indígenas na região de Ijuí e Santa Rosa”.

A técnica da coordenação estadual do PIM, Cleci de Souza Lima, esclarece que atualmente o programa está inserido em 31 comunidades indígenas, de 24 municípios gaúchos, principalmente nos municípios de Engenho Velho e Constantina, ao norte do Estado. “Quando levamos o PIM a aldeias indígenas ou a quilombos, seguimos uma metodologia diferente da tradicional, específica para valorizar a cultura local e com visitadores inseridos naquele contexto”, explica Cleci.

As secretárias municipais de Torres da Saúde, Suzana Cristina Machado, e de Assistência Social e Direitos Humanos, Neusa Dias de Araújo Carlo, também demonstraram interesse em reinserir o PIM e o Criança Feliz no município. “Trabalhei seis anos no PIM e conheço a importância do programa. Fico feliz em ver jovens que participaram do Primeira Infância Melhor assumindo espaços de destaque”, contou Neusa.

Convênio com universidade
Também participou da reunião o diretor do campus Torres da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Daniel Pereira Cardoso. A ideia é firmar convênio com a universidade para a realização de estágios de nível superior no PIM em Torres. “Quem tem experiência de trabalhar no PIM, nunca mais são as mesmas pessoas, tanto que se aprende e evolui”, disse a secretária Neusa.

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