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Pesquisa da UFPel demonstra maior efetividade do Primeira Infância Melhor nas crianças vinculadas ao programa desde a gestação

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Uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), publicada na revista britânica BMJ Global Health em janeiro, demonstrou que o programa da Secretaria da Saúde (SES) Primeira Infância Melhor (PIM) tem maior efetividade nas crianças que recebem intervenção desde a gestação. O estudo contou com a colaboração das coordenações estadual e municipal do programa.

Os pesquisadores acompanharam 1202 crianças nascidas em 2015 em Pelotas da gestação até completarem quatro anos. Metade delas era formada por crianças participantes do programa e metade não, porém em condições socioeconômicas, familiares e individuais extremamente similares, o que permitiu a comparação entre os grupos. Dentre as 601 crianças que receberam o PIM, 121 foram vinculadas ainda na gestação e, de acordo com o pesquisador Eduardo Viegas da Silva, este foi o grupo que efetivamente se beneficiou com as ações do programa. “As crianças visitadas pelo PIM desde o momento da gestação tiveram uma diminuição de 60% na probabilidade de apresentar um baixo escore de desenvolvimento infantil em relação às crianças do grupo controle aos quatro anos de idade, demonstrando o potencial do programa para reduzir desigualdades na primeira infância”, completou Eduardo.

A coordenadora estadual do Primeira Infância Melhor, Gisele Mariuse da Silva, disse que o estudo traz evidência científica para o trabalho prático realizado pelo Estado e municípios, além de apontar onde o programa pode melhorar. “Quanto maior o tempo de exposição das crianças ao PIM menos elas ficam expostas a causas de morbimortalidade. Esse estudo reforça a necessidade de vincular as famílias ao programa ainda na gestação”, concluiu Gisele.

A pesquisa foi realizada pelo Eduardo com participação de Fernando Pires Hartwig, Fernando 

Bolsa Família

Outra pesquisa sobre o Primeira Infância Melhor realizada na UFPel também foi publicada em janeiro, desta vez pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Este estudo teve objetivo de analisar os efeitos cooperativos entre o PIM e o Bolsa Família no Rio Grande do Sul entre os anos de 2006 e 2012 sobre as taxas de mortalidade infantil. A analise foi produzida pelos pesquisadores Caio César Rostirollada, Felipe Garcia Ribeiro, Thais Peres Dietrich e Victor Gabriel Buttignon.
Os resultados obtidos apontam que os efeitos dos programas se complementam na redução das taxas de mortalidade por causas externas em crianças de 1 a 4 anos para municípios com maior tempo de exposição ao PIM e alta cobertura do Bolsa Família.
A pesquisa evidencia que a prática de cuidados e atenção com o desenvolvimento cognitivo de crianças na primeira infância é uma das mais modernas tecnologias de políticas públicas produzidas no Brasil. Elas servem de subsídio para as ações do Criança Feliz, programa similar que atua em conjunto ao PIM, e que possui como público prioritário os beneficiários do Bolsa Família.

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