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Encontro estadual debate relação da tuberculose com a assistência social

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Secretária Arita fala de pé, com um microfone na mão enquanto a plateia assiste sentada.
Secretária Arita Bergmann defendeu a integração entre as diferentes áreas. - Foto: Divulgação/SES

O Hospital Sanatório Partenon realizou nesta terça-feira (13) o I Encontro sobre Intersetorialidade no Cuidado à Pessoa com Tuberculose e Comorbidades. A entidade, vinculada à Secretaria da Saúde, é a referência estadual para a doença. O evento foi direcionado a profissionais de saúde dos municípios com maiores índices do agravo no Estado e buscou apresentar possibilidades de intervenção por diferentes áreas, principalmente quanto a seguridade social e previdência.

A diretora técnica do Sanatório Partenon, Carla Jarczewski, ressalta que as questões sociais interferem na adesão ao tratamento dos pacientes diagnosticados. “Aspectos como a precariedade das condições de trabalho e moradia e a baixa escolaridade impactam diretamente o processo de adoecimento e cura das pessoas”, relata.

Na abertura do evento, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, também frisou a importância de uma integração da saúde com outras áreas. “São saberes específicos que juntos permitem um olhar como um todo do indivíduo”, comentou. “Queremos aqui definir estratégias de como fomentar nos municípios um trabalho que promova a prevenção, promoção e cuidado qualificado”, completou.

O Rio Grande do Sul apresenta a 7ª maior incidência de tuberculose no país, com 42 casos por 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 36 para a mesma população. Cerca de 13% das pessoas abandonam o tratamento durante o processo, enquanto a taxa de cura para casos novos é de 65%, sendo que a Organização Mundial da Saúde preconiza uma taxa de 85% para o controle da doença.

 

A doença

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa, causada pela bactéria conhecida como "bacilo de Koch", pois foi identificada por Robert Koch em 1882. A doença afeta principalmente os pulmões (tuberculose pulmonar), mas pode afetar outros órgãos, como intestino, rins, pele, gânglios linfáticos, ossos e pleura (tuberculose extrapulmonar). Sua forma de transmissão ocorre através do ar, quando o paciente tosse, fala ou espirra, sobretudo quando há proximidade por longos períodos de tempo entre uma pessoa infectada e uma pessoa saudável, como, por exemplo, pessoas que moram na mesma residência.

Os principais sintomas são tosse prolongada (por mais de três semanas) com ou sem catarro, cansaço, emagrecimento, febre (noturna) e suor noturno. Nem toda a pessoa infectada desenvolverá a doença. Estima-se que, de cada 10 pessoas que tiveram o contato com a bactéria, uma desenvolverá a doença. Porém, um paciente com tuberculose é capaz, se não tratado, de infectar com a bactéria 10 a 15 pessoas por ano.

 

Importância da adesão

A tuberculose é uma doença curável em praticamente todos os casos, desde que o tratamento seja realizado corretamente. O diagnóstico precoce, o esquema terapêutico adequado, a prescrição e o uso por tempo corretos são princípios básicos do tratamento que, associados à boa adesão, evitam a persistência bacteriana e o desenvolvimento de resistência aos fármacos, assegurando a cura do paciente.

 

Municípios prioritários

São considerados como prioritários os municípios de Porto Alegre, Alvorada, Canoas, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria, São Leopoldo e Viamão. Juntos, eles somam mais da metade dos casos registrados no Estado. Também são tidas como as populações de maior risco quem vive em situação de rua, pessoas vivendo com HIV e pessoas privadas de liberdade.

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