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Vacinação contra a gripe continua com foco nos idosos, gestantes, puérperas e crianças

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A imagem mostra uma mão feminina de uma profissional de saúde vacinando o braço de uma mulher.
Previsão da campanha era vacinar mais de 5 milhões de pessoas - Foto: Gustavo Flores/ Divulgação SES

A campanha de vacinação contra a Gripe, que terminaria nesta sexta-feira (9/7), foi prorrogada. No Rio Grande do Sul, a partir de decisão tomada nesta semana pela Secretaria da Saúde (SES) e municípios, continua com foco na imunização dos idosos, crianças, gestantes e puérperas. Estes grupos são considerados os mais vulneráveis para o agravamento da doença, com risco de complicações, internações e óbitos por Influenza.

Como a cobertura vacinal não alcançou a meta de 90% prevista pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI), a estratégia é que os municípios reservem as doses necessárias para a imunização dos públicos preferenciais. Depois disto, enquanto houver doses, a vacinação poderá ser ampliada para toda a população a partir dos seis meses de idade.

O público dos idosos (pessoas com mais de 60 anos) é o mais numeroso, estimado em 2.143.707 residentes no Rio Grande do Sul. Até hoje, foram aplicadas um pouco mais da metade, isto é, 1.277.100 doses, o equivalente a 59,6% de cobertura vacinal.

O presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do RS, João Senger reafirma o apoio da instituição à campanha de vacinação contra a gripe nos grupos com maior risco de desenvolver quadros mais graves. “Na verdade, a vacina é um benefício para todos, principalmente para os idosos”, salienta o médico geriatra, conclamando as pessoas com mais de 60 anos a se vacinarem. “A vacina é uma proteção extremamente importante de prevenção, principalmente para os idosos. É uma arma que temos para lutar pela nossa saúde, principalmente neste nosso inverno tão rigoroso”.

O grupo de gestantes e puérperas, que soma 117.541 mulheres, atingiu uma cobertura de 58,9 % em gestantes e 62,4% em puérperas. A preocupação com as gestantes se deve às mudanças fisiológicas que ocorrem no corpo feminino antes e depois do parto. Segundo a presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul, Ana Selma Picoloto, as grávidas têm a um maior volume de líquido circulando no corpo e uma diminuição da capacidade pulmonar, isso pode acarretar um quadro respiratório muito mais grave do que em mulheres que não estão grávidas. “Uma gestante tem duas vezes mais riscos de ser internada e entubada do que uma mulher que não está neste período”, alerta. Ela frisa que “não é só o coronavírus que causa infecção respiratória grave nas gestantes, o vírus influenza também pode levar a um grande risco de insuficiência respiratória, risco de internação em UTI, interrupção precoce da gravidez e até o risco de óbito da mãe e do bebê”.

Ana Selma, que é médica ginecologista e obstetra, se referiu, ainda, às puérperas, que são as mães que acabaram de ter bebê, dizendo que esse grupo também têm o risco aumentado de apresentar um quadro bastante grave, com uma infecção respiratória muito séria. Ela também informa que a vacina em puérperas também é muito importante porque durante a amamentação as mães podem transmitir anticorpos para os bebês menores de seis meses e que ainda não podem receber a vacina.

Outro grupo prioritário que chega hoje a 61,9% da cobertura vacinal, com 522.190 doses aplicadas, é o das crianças acima dos 6 meses e menores de 6 anos. Este grupo tem uma população estimada em 765.827 no RS. “Como a gripe é altamente contagiosa, as crianças têm papel importante na cadeia de transmissão do vírus”, afirma a diretora da Sociedade de Pediatria do RS, Denise Leite Chaves. Ela lembra que “a vacina está disponível na rede pública e é a melhor maneira que temos para prevenir e para que a gripe não seja um problema a mais além da Covid-19”.

Acompanhe aqui os números da vacinação contra a gripe

A campanha de vacinação contra a gripe de 2021começou em 12 de abril, com a previsão de imunizar 5.013.082 pessoas, incluindo os seguintes grupos:
Crianças acima dos 6 meses e menores de 6 anos – 765.827
Gestantes e puérperas – 117.541
Trabalhadores da saúde – 361.210
Povos indígenas - 30.347
Pessoas acima dos 60 anos – 2.143.707
Professores – 141.254
Pessoas com comorbidades – 777.224
Pessoas com deficiência permanente – 399.436
Caminhoneiros – 111.289
Trabalhadores de transporte coletivo – 42.831
Trabalhadores portuários – 4.051
Forças de segurança e salvamento – 31.489
Forças Armadas – 38.899
Funcionários do sistema prisional – 4.881
População privada de liberdade – 40.099


Vacinação Covid e gripe

É preciso manter um intervalo mínimo de 14 dias entre as vacinas da gripe e da Covid-19, independentemente da ordem de qual foi a primeira. A orientação visa dar maior segurança para que, qualquer evento adverso pós-vacinação que possa surgir de uma não seja confundido com o outro imunizante.

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